O Sangue de Zeus: como o anime sobre deuses gregos virou hit na Netflix
A produção, que estreou no final de outubro, teve 100% de aprovação da crítica especializada
atualizado
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A Netflix lançou, no fim de outubro, a animação O Sangue de Zeus: um anime que busca inspiração na cultura helênica e nos deuses gregos para contar um história de fantasia.
A primeira coisa a se saber sobre O Sangue De Zeus é que ele se inspira na cultura helênica, não sendo uma adaptação das tradicionais histórias. O protagonista, Heron, por exemplo, não existe nos textos clássicos – é uma criação dos autores Charley Parlapanides e Vlas Parlapanides (Death Note e Immortals).
A trama segue Heron, um plebeu que descobre ser motivo de disputa no Olimpo. Filho de Zeus – o que ele descobre só mais tarde – o jovem é odiado por Hera – esposa de Zeus – que decide se vingar das traições do marido matando o “bastardo”.
Porém, o plano de Hera leva a uma guerra entre os deuses e os gigantes, confronto que pode marcar o fim da raça humana. O semideus Heron, então, passa a ser a melhor esperança da humanidade nesta luta que envolve (por que não?) demônios – liderados por Seraphim.
Sucesso
Essa mistura de anime, fantasia, deuses gregos e ação fez Sangue de Zeus chegar ao panteão das séries mais assistidas da Netflix: a produção está no TOP 10 desde que estreou. A recepção não poderia ser melhor.
No Rottem Tomatoes, site que compila as principais críticas da imprensa especializada, o seriado tem 100% de aprovação.”Como em Castlevania, a série libera um excesso de violência sangrenta e gore. Deuses, gigantes, humanos e até mesmo pássaros encontram finais horríveis. A especialidade da série parece será mortes partindo as pessoas ao meio”, escreveu o jornalista Christopher L. Inoa, do Observer.
A aprovação do público, na mesma plataforma, também é alta: 81% dos 295 usuários que opiniaram deram notas positivas à produção de Charley Parlapanides e Vlas Parlapanides.
Pontos fortes
O grande artifício de O Sangue de Zeus é, como bons animes, não ter medo de mergulhar na própria mitologia – mesmo que ela tenha boas sequências já prontas na história da humanidade.
Assim, tem todo o tipo de figura de fantasia, batalhas épicas, viradas de roteiro e, é claro, ação do começo ao fim. Os deuses, por exemplo, não têm piedade de usar seus poderes para atacar inimigos e, tem espaço, para intrigas “olimpianas”.
Outro ponto positivo é roteiro, que, mesmo priorizando a sequência dos episódios, insere temas e discussões interessantes em cada capítulo, jogando luz a temas como preconceito, maternidade, vingança e ancestralidade.