O Poder, do Prime Video, propõe mundo dominado pelas mulheres
A série, do Prime Video, estreia nesta sexta-feira (31/3). O Poder é uma adaptação do livro de Naomi Alderman
atualizado
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O que corrompe o ser humano? Eis uma pergunta que pode servir de premissa para os mais variados produtos culturais. Há uma resposta que invariavelmente surge e escritora Naomi Alderman, em 2017, resolveu imaginar esse ponto no livro O Poder. Agora, a obra vira minissérie no Prime Video, com o mesmo nome e Toni Collete no elenco, que estreia nesta sexta-feira (31/3).
O Poder é um exercício de imaginação sobre um mundo dominado pelas mulheres, que desenvolvem a habilidade de emitir descargas elétricas pelas mãos. Assim, o grupo que (infelizmente) até hoje é vítima do machismo, assume o protagonismo no mundo e altera o (des)equilíbrio de forças.
O Metrópoles teve acesso aos sete episódios da série e antecipa o que tem de melhor em O Poder.
Premissa poderosa
O Poder não esconde seu ponto de vista: em todas as esferas, mulheres são subjulgadas por homens. Porém, quando adolescentes passam a ser capazes de soltar descargas elétricas, as mulheres começam a desempenhar novos papeis na sociedade. Porém, mudanças não ocorrem sem rupturas e traumas. Pontos bem trabalhados pelo seriado.
Bom trabalho!
Toni Collete, na pele da prefeita Margot Cleary-Lopez, encarna o desafio geracional da produção. Como a nova onda de “poder” atinge adolescentes, ela precisa lidar com as transformações do mundo, mesmo que esteja sem acesso a “novo armamento”. A atriz entrega as dificuldades de sua personagem em navegar neste novo universo.
Enredo provocativo
O Poder não trabalho com nuances. A série exibe, o tempo todo, seus pontos de forma literal. Então, não espere encontrar entrelinhas no comportamento dos personagens. É tudo direto, evidente e claro – para o bem e para o mal.
Boa adaptação
Em seus primeiros episódios, O Poder se mostra uma adaptação coerente com o livro de Naomi Alderman. A série, mesmo que ainda não tenha explorado todos os saltos temporais, mostra com a realidade futura por meio de uma romantização do passado.