No Encontro, Fátima Bernardes rebate crítica de trans: “Aprender mais”
Para se desculpa pelo erro, a apresentadora citou sua convivência com Rogéria, que teria dito a ela não se ver sempre como uma mulher
atualizado
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A apresentadora Fátima Bernardes aproveitou o Encontro desta sexta-feira (2/7), para responder críticas recebidas de parte da comunidade LGBTQIA+, após definir, erroneamente, a diferença entre travestis e mulheres trans, no programa dessa quinta (1/7).
Na ocasião, a jornalista e o psiquiatra Jairo Bouer concordaram que ser travesti poderia ser uma maneira de “manifestação artística”. Rapidamente, a afirmação foi contestada por internautas. “Não, travesti não é uma expressão artística e nem crosdresser, isso deve ser corrigido, pois além de incorreto, não foi elucidativo”, escreveu Lavignia Von Teese, em seu perfil oficial no Twitter.
Não, TRAVESTI não é uma expressão artística e nem crosdresser, isso deve ser corrigido pois além de incorreto, não foi elucidativo. #EncontroFatima #Encontro
— Lavignia Von Teese (@LavigniaVTeese) July 1, 2021
Para se desculpa pelo erro, Fátima citou sua convivência com Rogéria, que teria dito a ela que não se via sempre como uma mulher, mas que a “artista dela se manifestava como uma mulher”. De toda forma, a apresentadora se disse “feliz em ter tido a oportunidade de aprender um pouco mais”.
Confira o pronunciamento de Fátima Bernardes na íntegra:
“Quando ele [Jairo] respondia a dúvida de uma professora sobre a diferença entre travestis e transexuais, eu fiz uma observação de que a travesti poderia ser uma manifestação artística. Eu falei isso porque tive muita convivência com a Rogéria e ouvi várias vezes dela que ela não se via sempre como uma mulher, mas que a artista dela se manifestava como uma mulher e que ela se considerava a travesti da família brasileira.
Como o comentário gerou uma queixa na comunidade LGBTQIA+, eu fui tentar entender o que precisava ser dito e que não foi dito. Hoje, não se estabelece uma diferença visível entre uma travesti e uma mulher trans, ambas se identificam com uma identidade feminina em todos os momentos da vida, 24 horas por dia, em todas as suas atividades. É diferente daquela pessoa que se monta, que se veste de mulher para apresentar a sua arte, essas são as drag queens.
Eu fiquei muito feliz em ter tido essa oportunidade para aprender um pouco mais. Foi uma semana muito importante para nós aqui do ‘Encontro’, nós tratamos de vários aspectos e é muito importante para a gente tratar desse tema, tornar isso cada vez mais natural, sempre com respeito a todas as pessoas, independentemente da identidade de gênero, da orientação sexual delas. Eu gostaria de me colocar à disposição e dizer que vocês podem sempre contar comigo e com o Encontro.”