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- Foto: Reprodução/ Carol Caminha/Gshow
Amigo de Jô Soares há mais de 60 anos, o diretor Nilton Travesso se emocionou ao lembrar do jornalista que morreu nesta sexta-feira (5/8), aos 84 anos. “O Jô era uma pessoa extraordinária. Foi uma madrugada muito cruel para todos nós”, disse em entrevista ao Jornal da Manhã.
Ele lembrou que os dois se conheceram em 1959, quando Jô foi trabalhar na TV Record, levado por Silveira Sampaio. “Ele foi a pessoa que descobriu Jô Soares”, destacou Travesso.
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José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares, nascido em 1938, foi um apresentador, humorista, ator, músico, escritor, dramaturgo e diretor brasileiro. Considerado um dos maiores nomes da TV brasileira, Jô morreu em 5 de agosto, aos 84 anos, após ser internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de uma pneumonia
Divulgação/TV Globo
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Natural do Rio de Janeiro, Jô Soares era filho único do empresário Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares. Aos 12 anos, mudou-se com a família para a Europa, onde pensou em seguir a carreira diplomática, inclusive, se tornou poliglota. Entretanto, com o tempo, o talento e o amor pela arte falou mais alto
Reprodução
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Em 1956, de volta ao Brasil, Jô estreou na TV participando do elenco do programa a Praça da Alegria, transmitido pela Record, onde ficou por 10 anos. Mais tarde, conquistou ainda mais notoriedade ao contracenar ao lado de grandes nomes artísticos no Grande Teatro Tupi, programa exibido na extinta TV Tupi
Reprodução/TV Globo/Cedoc
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Em 1960, foi contratado pela Record, onde integrou o elenco do programa humorístico A Família Trapo. Inicialmente, Jô apenas escrevia o roteiro – seu parceiro era Carlos Alberto Nóbrega. Depois, ganhou um papel: o mordomo Gordon
Reprodução/TV Globo/Cedoc
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Em 1970, estrelou o programa Faça Humor, Não Faça a Guerra, na TV Globo. Três anos depois, participou de Planeta dos Homens, onde permaneceu até 1981, quando começou a se dedicar ao próprio programa: Viva o Gordo
Reprodução/TV Globo/Cedoc
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No programa idealizado para ele, Jô mostrou o talento nato dando vida a uma série de personagens como Capitão Gay, Reizinho e Zé da Galera. Apesar do sucesso, em 1987, o apresentador assinou com o SBT para seguir um sonho: apresentar um programa de entrevistas
Reprodução/TV Globo/Cedoc
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Denominado Jô Soares Onze e Meia, o programa foi transmitido entre 1988 a 1999. Na ocasião, Soares realizou centenas de entrevistas com grandes personalidades nacionais e internacionais. Em 2000, retornou à Globo e passou a comandar o Programa do Jô, que se tornou um verdadeiro sucesso
Reprodução/TV Globo/Cedoc
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Concomitantemente à carreira na TV, Jô também lançou livros e escreveu para jornais, como O Globo e Folha de S.Paulo, e para revistas, como a Manchete, por exemplo. Entre 1989 e 1996, assinou uma coluna na Veja
Reprodução/TV Globo/Cedoc
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E não para por aí. O vasto currículo ainda carrega direções e atuações em peças de teatro onde Jô produzia monólogos marcados pelo tom cômico e crítico, com sátiras da vida cotidiana e política do Brasil
Reprodução/TV Globo/Cedoc
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Na madrugada de 5 de agosto de 2022, o Brasil recebeu a notícia da morte do humorista. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde 28 de julho, para tratar de uma pneumonia. A causa da morte não foi informada
Divulgação
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A notícia foi dada pela ex-mulher de Jô, Flávia Pedras, nas redes sociais. “Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares, aos 84 anos. Nos deixou no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados”, escreveu Flávia
Reprodução/ Instagram
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Nas redes sociais, diversos colegas da TV, familiares, amigos e fãs se solidarizaram com a morte do artista. Ana Maria Braga, Adriane Galisteu, a atriz Bárbara Paz e a cantora Zélia Duncan, por exemplo, lamentaram o ocorrido e prestaram homenagens nas redes sociais
Globo/Divulgação
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Durante a vida, Jô se relacionou com diversas mulheres e se casou três vezes. Do primeiro matrimônio, com a atriz Therezinha Millet Austregésilo, teve o filho Rafael Soares, que era autista e morreu em outubro de 2014
Reprodução/Arquivo Pessoal
O também produtor revelou que para conseguir a vaga, Sampaio definiu o eterno gordo das madrugadas como “uma pessoa extremamente carinhosa, generosa, um big ator, bom roteirista, autor inacreditável e pessoa de qualidade profissional inacreditável”.
“Tenho certeza que quando ele foi afastado da televisão, ali começou uma nova etapa da vida do Jô. Não acho que tenha sido leal tudo o que aconteceu com ele. Merecia muito mais do que aconteceu com ele nos últimos anos. É uma tristeza, mas acho mesmo que o afastamento dele da televisão deu um certo desânimo”, comentou.
Em uma outra entrevista, desta vez ao Morning Show, ele abordou novamente o tema: “Acho que o coração dele ficou muito triste quando ele foi afastado da televisão. Acho que tudo isso provocou um pouco de tristeza no interior dele.”
O diretor aproveitou ainda para avisar que o amigo não vai ficar sem ele por muito tempo. “Tenho certeza, Jô, que logo, logo vamos nos encontrar na eternidade e vamos rememorar todas as nossas ‘molequices’. Como vou sentir saudades de você, gordo”, afirmou Travesso emocionado.
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