Em relatório divulgado para os acionistas nesta terça (19/4), a Netflix revelou que, pela 1ª vez em uma década, perdeu assinantes: o serviço viu 200 mil contas abandonarem a “locadora vermelha” no último trimestre. As ações da empresa caíram 20% após a divulgação dos dados.
De acordo com os dados divulgados pelo serviço, de 221.840 milhões de assinantes registrados no final de 2021, o serviço desceu para 221.640 milhões neste primeiro trimestre de 2022. Mesmo com a queda, a Netflix ainda é o líder mundial no mercado de streaming.
11 imagens
1 de 11
Se o consumo de conteúdos de streamings já se encontrava em ascensão antes da pandemia, com o evento global, o sucesso das plataformas chegou de vez no Brasil. Confira a seguir quais são os principais aplicativos disponíveis no país
Unsplashed
2 de 11
A Netflix chegou ao Brasil em 2011, mas a popularização do serviço ocorreu em 2013, com a estreia da série House of Cards. Em setembro de 2021, o streaming completou 10 anos no país. Atualmente, para ter a assinatura do plano básico da Netflix, com tela única e sem HD, basta desembolsar R$ 25,90. A plataforma também oferece outros pacotes e período de teste por 30 dias
Divulgação
3 de 11
O Amazon Prime Vídeo é outro streaming disponível no Brasil. O serviço, que faz parte do pacote Amazon, está disponível no país desde 2019 e também oferece ao beneficiário frete grátis em compras no site, além de outras coisas. Para ter assistir aos diversos filmes, séries e documentários do Prime Vídeo é necessário desembolsar R$ 9,90 no plano mensal ou R$ 89 no plano anual. A plataforma também oferece teste por 30 dias
Reprodução/ Amazon Prime
4 de 11
Além da Netflix e do Amazon Prime Vídeo, os brasileiros também podem optar por adquirir o HBO Max. O serviço, da Warner Bros, oferece aos assinantes conteúdos dos estúdios DC, Cartoon Network, Warner e, claro, da HBO. Os valores da plataforma são disponibilizados em planos mensais
Divulgação
5 de 11
Totalmente brasileiro, o streaming da GloboPlay, pertencente à Rede Globo, é um dos mais utilizados no país. Disponível desde 2015, a plataforma oferta conteúdos novos e antigos da própria emissora, séries e filmes de outros países e conteúdos de canais como Megapix, Multishow e Universal, por exemplo
Reprodução/ Globoplay
6 de 11
O estúdio ainda é dono da Disney+
Divulgação
7 de 11
A Apple TV+ é outra plataforma disponível que apresenta um dos preços mais acessíveis. Por R$ 9,90 no plano mensal, é possível ter acesso às produções originais da ferramenta. Diferentemente dos outros, no entanto, a Apple TV+ tem um catálogo menor
Divulgação
8 de 11
Também da Disney, a Star+ é a plataforma da companhia estadunidense voltada para o público adulto. A ferramenta oferece um leque de conteúdo para os assinantes. Além de séries, desenhos e filmes renomados, o streaming também disponibiliza programas famosos de esportes
Divulgação
9 de 11
A Paramount+ chegou ao Brasil no início de 2021. O serviço, pertencente à ViacomCBS, oferece em seu catálogo diferentes filmes, reality shows, animações, programas de humor, séries clássicas e originais. Para ter acesso a plataforma é necessário desembolsar R$ 19,90 no plano mensal
Reprodução
10 de 11
Dentre as opções de streamings disponíveis no Brasil, a Starz Play é uma das mais baratas. Custando aproximadamente R$14,90 no plano mensal, a plataforma chegou ao país em 2019 e oferece conteúdo do canal americano Starz. O streaming permite teste gratuito por 7 dias
Reprodução
11 de 11
Para os amantes do cinema clássico, o streaming MUBI é uma ótima opção. Além de disponibilizar filmes antigos, ele também oferece no catálogo obras que estreiam em festivais cult. Para ter acesso à plataforma é necessário desembolsar R$ 29,90 no plano mensal ou R$ 214,80 no plano anual
Reprodução/ MUBI
Segunda a Netflix, as razões da queda estariam ligadas a diversos fatores. Entre eles, o aumento do número de uso compartilhado de contas do serviço e o crescimento da concorrência. Enquanto ficou isolada no mercado por vários anos, a “locadora vermelha” agora precisa lidar com outros serviços rivais, como HBO Max, Disney+,Amazon Prime Video, entre outros.
“A competição com a TV tradicional, assim como com o YouTube, Amazon e Hulu, tem sido a mais robusta dos últimos 15 anos. Nos três últimos anos, as companhias de entretenimento perceberam que o streaming é o futuro e vários serviços foram lançados”, diz o texto direcionado aos acionistas.
“Pela primeira vez em uma década houve uma queda no volume total de usuários da Netflix. As perspectivas não são positivas, pode ter mais queda de assinantes. As razões apontadas são o aumento da inflação nos Estados Unidos, o compartilhamentos indevidos de contas, aumento da concorrência e a guerra na Rússia”, diz Thiago Lobão, CEO da Catarina Capital.
“Em linhas gerais, é um cenário desafiador para a plataforma. O pior não é só a queda de usuários, mas as perspectivas de que o cenário não deve melhorar em curto prazo”, completou o especialista.
Guerra da Rússia
O conflito armado na Ucrânia foi apontado no relatório como um dos motivos para a queda na Netflix. Ao sair de operação da Rússia, o serviço informa que perdeu cerca de 700 mil assinaturas.
“O quarto motivo para a queda no número de assinantes são fatores macros, como o estrangulamento do crescimento econômico, o aumento da inflação, e eventos geopoliticos, como a invasão da Rússia na Ucrânia”, diz o relatório.
A Netflix suspendeu suas operações na Rússia em 6 de março, em decorrência da invasão da Ucrânia.