Netflix: “Pequeno Demônio” faz divertido tributo a clássicos do terror
O filme, inspirado em “A Profecia” (1976), não tem cenas memoráveis, mas é capaz de arrancar boas risadas do espectador
atualizado
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O título engana. “Pequeno Demônio”, uma das mais recentes produções da plataforma de streaming Netflix, é um filme leve, engraçado e nostálgico. Apostando na sátira de grandes clássicos do terror, a obra não tem cenas memoráveis, mas é capaz de arrancar boas risadas do espectador.
“A Profecia” (1976) é, de fato, a obra que permeia o filme da Netflix. Porém, um olhar atento aos cenários e aos personagens coadjuvantes permite perceber a inspiração em outros clássicos do terror, como “Poltergeist” (1982), “O Iluminado” (1980), “Colheita Maldita” (1984), “Bebê de Rosemary” (1968) e “Caça-Fantasmas” (1984).
A narrativa é bastante simples: Gary (Adam Scott) se casa com Samantha (Evangeline Lilly) sem saber que o filho dela, o jovem Lucas (Owen Atlas), é o anticristo. E é nessa simplicidade que reside a graça de “Pequeno Demônio”.
Despretensioso, o filme conta com personagens que usam os clichês do gênero para criar piadas certeiras, situações engraçadas e alianças inesperadas – como os padrastos que se veem obrigados a cuidar de crianças nem um pouco angelicais.
O final é um plus. A trama contorce o terror a ponto de dar chance a um final feliz. Vale ressaltar que “Pequeno Demônio” possui direção e roteiro de Eli Craig, conhecido por seus trabalhos em “Tucker e Dale Contra o Mal” (2010), uma excelente comédia de humor negro inspirada no gênero.