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Netflix: Estado Zero aborda problema da imigração em tom de drama político

A obra australiana, que tem Cate Blanchett no elenco, discute a questão por meio de três narrativas

atualizado

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Estado Zero
1 de 1 Estado Zero - Foto: Netflix/Divulgação

Com a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, um dos principais temas do século 21 saiu (temporariamente) de cena. No entanto, a imigração causada por motivos econômicos, humanitários e militares ainda é uma grande questão. Estado Zero, nova minissérie da Netflix, debate o tema por meio da ficção.

Com Cate Blanchett no elenco, a produção australiana se baseia em fatos reais para contar o problema: uma cidadã da Austrália ficou presa em um campo para refugiados que tentavam visto de permanência no país no começo do século 21.

Estado Zero – uma tradução ruim para Stateless (algo como “sem país”) – nada tem a ver com economia. É geopolítica. Por meio de três eixos narra a situação: Ameer é um homem desesperado para deixar o Afeganistão com sua família; Sofie é uma mulher vítima de abuso que, atormentada, decida se passar por alemã e fugir da Austrália; e Can é um homem da classe trabalhadora que sofre com os abusos cometidos por seus colegas no campo de refugiados.

Os três campos narrativos, porém, por vezes parecem muito extensos e demoram demais a se cruzar. Ameer é o representante mais real do drama dos imigrantes, temendo o futuro da família, arrisca tudo para tentar nova vida na Austrália.

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Cate Blanchett vive Pat, uma das líderes de uma seita religiosa
Cenas de violência eram constantes nos campos
A descoberta de Sofie, uma cidadã alemã no local, ajudou a revelar o problema
O choque cultural é sempre demonstrado na série
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Sofie é vítima de abuso e acaba presa em um campo de refugiados

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Cate Blanchett vive Pat, uma das líderes de uma seita religiosa

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Cenas de violência eram constantes nos campos

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A descoberta de Sofie, uma cidadã alemã no local, ajudou a revelar o problema

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O choque cultural é sempre demonstrado na série

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Sofie, por sua vez, é o exemplo do desleixo com que o campo é tratado, a ponto da burocrata Claire ser incapaz de notar a presença de uma compatriota em meio aos prisioneiros. Can configura o inconformismo de parte da sociedade com a situação.

Se as três histórias têm certa dificuldade em se cruzar, Estado Zero ganha fôlego ao representar um importante panorama político e social da questão. A narrativa em formato de minissérie, com seis episódios, não torna a experiência maçante, mas deixa algumas pontas soltas – como o destino do abusador de Sofie.

Sem um espírito “lacrador”, Estado Zero tenta mostrar como o caos burocrático e uma política desastrada podem impactar no destino de vários pessoas. Uma série política que, com algumas falhas, é boa opção para se entender o tema.

Avaliação: Bom

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