Lupi e Baduki se inspira na fauna brasileira para falar de alteridade
A animação Lupi e Baduki é criação nacional, que discute temas como diversidade e diferenças. Metrópoles conversou com criador do projeto
atualizado
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O mercado de animação infantil tem séries e filmes que são icônicas. Esse catálogo ganhou mais uma opção nacional com Lupi e Baduki, produção que se inspira na fauna brasileira para abordar a diversidade.
A trama, que conta com 13 episódios, foi ao ar nessa última segunda-feira (17/6) e conta a história de Lupi, a Loba-Guará, e Baduki, o Bicho Preguiça. Ambos vivem na Vila Figueira junto com Ceci e Tati, irmãs felinas; Jabu, um jabuti; Carlos, um ouriço e Ana Maria, uma jaguatirica.
Reynaldo Marchesini, criador e produtor da série, revela que a inspiração original para os protagonistas veio de seus próprios filhos: Isadora e Bruno. A primeira é Lupi e o segundo, Baduki.
“O Lobo-Guará é um animal solitário, por isso, quis fazer uma Lupi inspirada na Isadora, que é completamente sociável. Queria brincar com esses rótulos que são colocados nas pessoas, na forma como são etiquetadas”, explica.
3 imagens
Para ajudar a equipe a desenvolver a produção, Reynaldo colocou diretores e roteiristas em uma van e foram para o zoológico de Sorocaba (SP). Lá, aprenderam osbre o comportamento dos bichos e criaram as histórias.
“A Ana Maria virou jaguatirica depois disso, incialmente, seria uma onça. Aprendemos muitos sobre o comportamento, mais solitário, mais gregário, dos animais. Foi uma experiência muito interessante”, completa Reynaldo.
Conteúdo para crianças e adultos
A partir do comportamento dos animais, os criadores extrapolaram o roteiro para abordar, em linguagem educativa, como se conviver com a alteridade e as diferenças.
Marina Filipe, executiva de conteúdo Kids, defende que isso é o grande diferencial do projeto.
“Tudo que trabalha a diverisdade, que trabalha com as diferenças, é de extrema importância não só para crianças. Afinal, estamos falando com os adultos também. Esse projeto é muito rico nesse sentido”, conclui.
