Luana Tanaka fala de representatividade nas telas: “A gente tem que caminhar muito”
Estrela de Negociador, a atriz Luana Tanaka revelou que fez papéis estereotipados e fala da importância da representatividade no audiovisual
atualizado
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“Antes, eu recebia muito mais convites para papéis estereotipados. A ideia que as pessoas têm do que é ser uma mulher amarela é de ser uma ninja, uma pasteleira, uma gueixa. Ela não pode existir de uma maneira diferente. E ela tem que falar errado.” O relato de Luana Tanaka revela a experiência de mais de 20 anos como atriz para uma mulher brasileira, com ascendência oriental.
Nos palcos do teatro desde os 13 anos, ela acumula diversos papéis na TV, como a Keiko de Morde e Assopra (2011) e Miss Liu, de Novo Mundo (2017). Embora tenha tido trabalhos que reforçaram a sua descendência japonesa, Luana acredita que as coisas têm mudado. “O mercado está até mais inclusivo e diverso, mas acho que a gente ainda tem que muito o que caminhar”, defende.
Estrela da série nacional Negociador, produção da Prime Video na qual vive Tina, ela também vê a importância de outros tipos de representatividade. Na trama, ela vive uma relação homossexual com a major Chakur (Barbara Reis), que é comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) de São Paulo no qual Gabriel Menck (Malvino Salvador) é responsável pelo resgate de reféns sob a mira de criminosos.
“Na série a gente não aborda esse tema [da homossexualidade], mas ele existe para quem assiste. E sou eu, Luana Tanaka, amarela, e Bárbara Reis, uma mulher preta. Precisamos criar novos imaginários e novas etapas nessa vida. Para mim, a importância desse casal está aí, na criação de novos repertórios de amor, de encontros afetivos, tanto por ser um casal homossexual, homoafetivo, como também por ser um casal inter-racial”, explica.
Novos rumos para Luana Tanaka
Embora esteja com projetos no ar e outros em produção, a atriz resolveu se aventurar por outras áreas de conhecimento. Amante de ioga, ela pratica o exercício diariamente, mas agora também tem apostado no surfe, que chegou na vida dela na adolescência e ressurgiu.
Luana Tanaka também resolveu explorar os ramos da psicologia. Com 21 anos de vida dedicados às artes cênicas, ela conta que começou uma formação em terapia familiar e de casal.
“Não sei se eu vou ser uma terapeuta de casal e de família, mas é uma temática que tem me interessado muito, a área da psicanálise, da psicologia, de como a gente pode estar no mundo, ajudar as pessoas de uma maneira mais efetiva, mais rápida.”