Jornalista da Globo revela que motorista de aplicativo tentou dopá-la
Bárbara Coelho participou do Encontro, na manhã desta sexta-feira (12/8), e contou a preocupante situação
atualizado
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Bárbara Coelho participou do Encontro, na manhã desta sexta-feira (12/8), e revelou que um motorista de aplicativo tentou dopá-la durante uma carona, que deveria durar 10 minutos, realizada na quarta (10/8). A jornalista explicou que informou o ocorrido a uma amiga e conseguiu pedir ajuda em uma banca.
“Quando entrei no carro eu não senti nada, eu percebi que o carro estava com um aspecto muito ruim, sujo, mas eu entrei já distraída, a gente fica muito no telefone hoje em dia. Em menos de 2 minutos eu senti um cheiro forte”, contou a jornalista.
“Muito pouco tempo depois eu comecei a passar mal. Durante esse período, o motorista mandou um áudio estranho para alguém pedindo cesta básica. Me pareceu uma necessidade de mostrar que era do bem, que tava tudo certo. Foi muito aleatório aquele pedido de cesta básica durante a corrida, primeiro que nem se usa o telefone, ou não deveria usar”, explicou.
A jornalista também entrou em contato com o marido e percebeu um olhar diferente do motorista. “Eu comecei a ficar muito mal, comecei a perder os sentidos, falta de ar e com dificuldade até de falar. Aí eu mandei um áudio para o meu marido e falei ‘me espera na porta porque eu tô chegando’. Aí ele [motorista] me olhou muito feio pelo retrovisor, muito assustado, me encarando”, contou.
Bárbara, então, pediu para que o motorista estacionasse o carro, o que foi atendido após um breve questionamento. A profissional pediu ajuda em uma banca e começou a chorar. Posteriormente, ela fez uma denúncia ao Uber, que explicou que está realizando uma investigação interna. A empresa enviou uma nota ao Metrópoles sobre o ocorrido.
“Com relação ao que vem sendo chamado de ‘golpe do cheiro’, as únicas denúncias dessa natureza relativas a viagens no aplicativo da Uber que já tiveram a investigação concluída pela Polícia Civil, até onde temos conhecimento, ocorreram em Canoas (RS), no Rio de Janeiro e em Florianópolis. Nos três casos as autoridades pediram o arquivamento após o inquérito policial, já que, de acordo com as investigações, não houve elementos de prática de crime. Especificamente no caso do Rio de Janeiro, o laudo pericial do líquido borrifado no veículo atestou se tratar de álcool 70% – e não foram encontradas outras substâncias de natureza tóxica, perigosa ou nociva.
Além disso, uma decisão judicial em Santos (SP) condenou usuárias a pagarem indenização por danos morais ao motorista após ficar comprovado que a substância em questão era álcool com essência de canela para higienização das mãos.
Nas demais denúncias mencionadas até o momento, muitas das quais surgem nas mídias sociais e são reverberadas pela imprensa sem se checar o que apurou a investigação conduzida pelas autoridades policiais, não temos conhecimento de nenhum inquérito que tenha sido concluído identificando elementos que comprovem o uso de quaisquer substâncias com o propósito de dopagem ou com o indiciamento do suposto motorista agressor.
De qualquer forma, a Uber trata todas as denúncias com a máxima seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis, sempre se colocando à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei.“