Jeff Machado: veja as mensagens que suspeito trocou com dono de hostel
Bruno Rodrigues foi preso na quinta-feira (15), após passar duas semanas foragido. O outro suspeito, Jeander, também está detido
atualizado
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O produtor Bruno Rodrigues, principal suspeito da morte do ator Jeff Machado, estava se escondendo em um hostel na favela do Vidigal, Zona Sul do Rio. Mensagens entre Bruno e o dono do local, obtidas pela polícia, mostram que o acusado insistia em oferecer serviços como produtor de eventos na Laje do Neguinho, que funcionava no mesmo endereço.
O produto de TV estava foragido desde o início do mês e foi preso na última quinta-feira (15), no Morro do Vidigal, na Zona Sul do Rio. O outro suspeito, Jeander Vinícius da Silva Braga, também está detido.
Se passando por Natan, Bruno se ofereceu diversas vezes para encontrar o dono do local, e ajudá-lo em algumas atividades. “Se estiver disposto a entrar comigo nessa mesmo, eu vou dar o meu melhor pra gente fazer essa laje ‘bombar’ de novo”, escreveu Bruno.
“Bom dia Neguinho, tudo bem? Eu sou o Natan, eu novo inquilino do quarto 12. Quando vc tiver mais tranquilo, vamos trocar ideia sobre aquela parada de montar eventos na sua laje. Acordei, fui lá olhar com calma e a cabeça já está fervendo de ideias. […] Me diz depois que horas no dia de hoje a gente pode trocar ideia”, diz ele em outra tentativa de conversa.
Relembre o caso
O corpo de Jeff Machado foi encontrado em 22 de maio, dentro de um baú, enterrado e concretado a dois metros de profundidade em quintal de uma casa na zona oeste do Rio.
A família da vítima, natural de Santa Catarina, registrou o desaparecimento do ator em 4 de fevereiro, mas a Polícia Civil acredita que Jeff Machado tenha sido morto ainda no fim de janeiro.
Bruno era considerado foragido da Justiça desde 1º de junho, quando teve a prisão decretada. O outro suspeito do crime, Jeander Vinícius da Silva Braga, foi detido em 2 de junho, no bairro de Santíssimo, zona norte do Rio.
No início deste mês, o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a prisão temporária de Bruno e Jeander pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
De acordo com o promotor de Justiça Sauvei Lai, da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, Bruno planejou o assassinato do ator, com ajuda de Jeander, garoto de programa que, supostamente, tinha relações próximas com a vítima.
Os dois confessaram, em depoimento à polícia, terem ocultado o corpo. No entanto, atribuem o assassinato do artista a um terceiro homem, a quem chamam de Marcelo. A versão foi considerada fantasiosa e descartada pela polícia.