Hanna chega para 2ª temporada com mais ação e um mundo de novas identidades
A atração, que estreia nesta sexta (3/7), na Amazon Prime Video, traz um thriller em meio a mundo de espionagem
atualizado
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A estreia de Hanna, uma das séries originais da Amazon Prime Video, passou um pouco silenciosa – injustamente, assim como ocorreu com o filme lançado em 2011. Nesta sexta (3/7), o seriado estreia a segunda temporada, com mais ação e ainda muito drama jovem.
O Metrópoles assistiu aos oito episódios da segunda temporada de Hanna. A trama não consegue superar os principais problemas do primeiro ano, porém, conquista pelas intensas sequências de ação e um ligeiro aumento na complexidade da narrativa de espionagem.
Hanna é, em sua essência, uma trama juvenil misturada com thriller de ação. Assim, a adolescente e protagonista não hesita em dar um tiro na cabeça de alguém ou mesmo espancar um tropa inteira de soldados. São sequências muito bem filmadas e capazes de garantir bom divertimento.
O problema maior da segunda temporada é que ela praticamente reaproveita muitos elementos do ano anterior: Hanna foge para selva com Clara – outra recruta do projeto Ultrax. A amiga, então, repete o que tinha feito a personagem-título, comunica-se com estranhos e volta para as garras do projeto.
Se na primeira temporada, Hanna contava com a ajuda e proteção de Erik Heller, agora o papel passa para Marissa Wiegler: que de inimiga, torna-se a grande aliada da protagonista.
O que tem de novo
Porém, essa repetição, não ofusca as novidades trazidas. Hanna já sabe viver melhor no mundo real – apos ter crescido escondida na selva. Porém, perseguida pela Ultrax a jovem precisa criar uma nova identidade. Neste ponto, a segunda temporada mostra seu melhor lado, já que as personagens devem, por variados motivos, passar a viver uma nova vida.
No projeto Meadows, onde a recrutas da Ultrax são treinadas, as jovens que conhecemos como números passam a ter uma vida inteira remodelada. Os agentes da CIA criam famílias e histórias para elas, assim, Sandy e Jules, por exemplo, exploram suas novas personas de maneiras distintas. Ou mesmo Clara, quando retorna como uma jovem rebelde ao local.
O ponto alto, entretanto, rapidamente cai em uma nova repetição: Hanna quer salvar Clara e Marissa quer salvar Hanna. Boa parte da trama gira em torno deste ciclo, o que torna a experiência cansativa. No entanto, a desconexão do roteiro apresentada na primeira temporada (incapaz de se decidir entre um thriller de ação ou uma jornada de autoconhecimento) está menor na sequência, fazendo com que a série tenha um caminho mais claro.
De modo geral, a atual temporada de Hanna supera a sequência de estreia, com uma personagem menos inocente e forçada a tomar decisões em um roteiro melhor costurado. Isso sem falar nas sequências de ação, que são de tirar o fôlego e prender qualquer um na cadeira. O final, é claro, apresenta novo mistério, abrindo a porta a um terceiro ano.
Avaliação: Regular