Glória Maria lembra de discriminação e fala sobre racismo no Globo Repórter
A jornalista foi barrada em um hotel por um gerente e ela processou o funcionário: “O racismo para muita gente não vale nada”, disse
atualizado
Compartilhar notícia
Durante uma semana em que muito se debateu o racismo no Brasil, a apresentadora Glória Maria comandou um programa especial do Em Pauta, da GloboNews. Pela importância do debate, a produção foi reprisada no Globo Repórter e na ocasião, a jornalista relembrou um caso de discriminação que sofreu.
“Tenho orgulho de ser a primeira pessoa do Brasil a usar a lei Afonso Arino, que punia o racismo não como crime, mas como contravenção. Fui barrada em um hotel por um gerente que disse que negro não podia entrar. Chamei a polícia e levei esse gerente aos tribunais. Ele foi expulso do Brasil, mas se livrou da acusação pagando uma multa ridícula, porque o racismo para muita gente não vale nada”, disse a apresentadora, que passou por uma cirurgia para a retirada de um tumor cerebral em novembro de 2019 e segue em recuperação em casa.
Glória Maria ainda falou sobre o caso George Floyd, que foi assassinado por policiais nos Estados Unidos. “Minhas filhas perguntam se ele morreu por que era negro. Eu digo que sim. Eu não sou muito otimista mas acredito que um dia todo mundo vai ser visto como igual. Ninguém vai ser discriminado. Tomara que minhas filhas não precisem viver o que a gente, negro, vive hoje”, completou.
O programa foi comandado por Heraldo Pereira e contou com as participações das jornalistas Zileide Silva, Maju Coutinho, Aline Midlej, Flávia Oliveira e Lilia Ribeiro.