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“Five Came Back”: quando cinco diretores de Hollywood foram à guerra

Narrado por Meryl Streep, documentário reúne depoimentos, imagens de arquivo e filmes de cineastas durante e sobre a Segunda Guerra Mundial

atualizado

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Netflix/Divulgação
netflix five came back
1 de 1 netflix five came back - Foto: Netflix/Divulgação

Em “Five Came Back”, cinco cineastas do presente narram trajetórias de um quinteto de realizadores do passado. Baseado no livro “Cinco Voltaram” (publicado no Brasil pela editora Objetiva), do jornalista Mark Harris, o documentário em formato de minissérie recupera a produção de diretores de Hollywood durante a Segunda Guerra Mundial.

Lançado pela Netflix e narrado pela atriz Meryl Streep, o documentário se assume como uma narrativa de “Hollywood por Hollywood”, em que as histórias são contadas por gente da própria indústria de cinema. Essa proposta traz um recheio que dinamiza a estrutura jornalística de juntar imagens de arquivo com depoimentos.

À época, John Ford, Frank Capra, William Wyler, John Huston e George Stevens contribuíram com filmes temáticos e documentais que serviam tanto como propaganda de recrutamento quanto denúncia dos horrores da guerra e das obras políticas de repúdio contra Alemanha e Japão.

Para quem gosta de cinema, “Five Came Back” pode se tornar também um exercício de cinefilia: articular passado e presente nas palavras de diretores contemporâneos sobre realizadores clássicos. E é curioso notar como as escolhas soam adequadas para cada par.

O sempre sorridente e manso Steven Spielberg dedica suas falas a William Wyler, diretor conhecido por “Ben-Hur” (1959). Outra combinação certeira é ver o intenso Francis Ford Coppola falar sobre John Huston, já que “Apocalypse Now” (1979) deve tanto a “O Tesouro de Sierra Madre” (1948).

Conheça os “cinco que voltaram” e os filmes que eles fizeram sobre a Segunda Guerra Mundial:

5 imagens
Diretor do clássico natalino "A Felicidade Não Se Compra" (1946), Frank Capra criou a série de documentários temáticos "Why We Fight": obras sobre fascismo e registros do front
George Stevens, famoso por "Os Brutos Também Amam" (1953), dirigiu "Campos de Concentração Nazistas" (1945): filme foi usado como evidência histórica no julgamento de Nuremberg
John Huston, um dos maiores rebeldes de Hollywood, filmou batalhas e cotidiano de soldados. Em "Let There Be Light" (1946), ele e o pai, Walter, narram os traumas de veteranos do conflito
William Wyler seguiu tripulações de aviões de caça nos curtas "Memphis Belle; A Fortaleza Voadora" (1944) e "Thunderbolt - O Avião P-47" (1947)
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John Ford, mestre do faroeste, criou uma unidade de filmagem dentro da Marinha. Na Guerra, dirigiu "A Batalha de Midway" (1942), com cenas reais de combate, e o filme de treinamento "Undercover" (1943)

Reprodução/IMDb
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Diretor do clássico natalino "A Felicidade Não Se Compra" (1946), Frank Capra criou a série de documentários temáticos "Why We Fight": obras sobre fascismo e registros do front

Netflix/Divulgação
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George Stevens, famoso por "Os Brutos Também Amam" (1953), dirigiu "Campos de Concentração Nazistas" (1945): filme foi usado como evidência histórica no julgamento de Nuremberg

Reprodução/Alchetron
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John Huston, um dos maiores rebeldes de Hollywood, filmou batalhas e cotidiano de soldados. Em "Let There Be Light" (1946), ele e o pai, Walter, narram os traumas de veteranos do conflito

Reprodução/IMDb
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William Wyler seguiu tripulações de aviões de caça nos curtas "Memphis Belle; A Fortaleza Voadora" (1944) e "Thunderbolt - O Avião P-47" (1947)

Reprodução/IMDb

 

Lawrence Kasdan, roteirista nas franquias “Star Wars” e “Indiana Jones”, discorre sobre o igualmente aventureiro George Stevens, um diretor que transitava por comédias, faroestes, melodramas e musicais. Criador da série de documentários “Why We Fight”, com foco no conflito, o imigrante italiano Frank Capra tem suas obsessões civis investigadas pelo mexicano Guillermo del Toro.

Por fim, vem a dupla mais curiosa de “Five Came Back”. O britânico Paul Greengrass, que tem no currículo tanto a saga “Bourne” quanto documentários, fala sobre John Ford, talvez o maior diretor da Hollywood clássica.

Num trecho particularmente notável, Greengrass descreve Ford na plataforma de um porta-aviões filmando “A Batalha de Midway” (1942), um genuíno flagrante cinematográfico de combate, sob bombardeio de aviões japoneses. “Ford sempre soube onde pôr a câmera”, brinca Greengrass.

“Five Came Back” visita o passado e descortina os bastidores de universos distintos que convergem na força das imagens. A guerra e o cinema.

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