1 de 1 Claudia Raia e Jô Soares
- Foto: Globo/Ramón Vasconcelos
Claudia Raia desabafou sobre a morte de Jô Soares, nesta sexta-feira (5/8), aos 84 anos. A atriz, mais do que fã e colega de trabalho, namorou o apresentador e comediante em 1984. O relacionamento durou dois anos, mas o carinho entre os dois permaneceu.
Em seu Instagram, Claudia compartilhou o trecho de uma de suas entrevistas ao Programa do Jô e mostrou gratidão ao apresentador, que criou seu nome artístico. Ela ainda revelou que Jô Soares salvou sua vida quando descobriu um câncer. Por fim, declarou seu amor eterno ao namorado, amigo e profissional.
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José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares, nascido em 1938, foi um apresentador, humorista, ator, músico, escritor, dramaturgo e diretor brasileiro. Considerado um dos maiores nomes da TV brasileira, Jô morreu em 5 de agosto, aos 84 anos, após ser internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de uma pneumonia
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Natural do Rio de Janeiro, Jô Soares era filho único do empresário Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares. Aos 12 anos, mudou-se com a família para a Europa, onde pensou em seguir a carreira diplomática, inclusive, se tornou poliglota. Entretanto, com o tempo, o talento e o amor pela arte falou mais alto
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Em 1956, de volta ao Brasil, Jô estreou na TV participando do elenco do programa a Praça da Alegria, transmitido pela Record, onde ficou por 10 anos. Mais tarde, conquistou ainda mais notoriedade ao contracenar ao lado de grandes nomes artísticos no Grande Teatro Tupi, programa exibido na extinta TV Tupi
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Em 1960, foi contratado pela Record, onde integrou o elenco do programa humorístico A Família Trapo. Inicialmente, Jô apenas escrevia o roteiro – seu parceiro era Carlos Alberto Nóbrega. Depois, ganhou um papel: o mordomo Gordon
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Em 1970, estrelou o programa Faça Humor, Não Faça a Guerra, na TV Globo. Três anos depois, participou de Planeta dos Homens, onde permaneceu até 1981, quando começou a se dedicar ao próprio programa: Viva o Gordo
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No programa idealizado para ele, Jô mostrou o talento nato dando vida a uma série de personagens como Capitão Gay, Reizinho e Zé da Galera. Apesar do sucesso, em 1987, o apresentador assinou com o SBT para seguir um sonho: apresentar um programa de entrevistas
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Denominado Jô Soares Onze e Meia, o programa foi transmitido entre 1988 a 1999. Na ocasião, Soares realizou centenas de entrevistas com grandes personalidades nacionais e internacionais. Em 2000, retornou à Globo e passou a comandar o Programa do Jô, que se tornou um verdadeiro sucesso
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Concomitantemente à carreira na TV, Jô também lançou livros e escreveu para jornais, como O Globo e Folha de S.Paulo, e para revistas, como a Manchete, por exemplo. Entre 1989 e 1996, assinou uma coluna na Veja
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E não para por aí. O vasto currículo ainda carrega direções e atuações em peças de teatro onde Jô produzia monólogos marcados pelo tom cômico e crítico, com sátiras da vida cotidiana e política do Brasil
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Na madrugada de 5 de agosto de 2022, o Brasil recebeu a notícia da morte do humorista. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde 28 de julho, para tratar de uma pneumonia. A causa da morte não foi informada
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A notícia foi dada pela ex-mulher de Jô, Flávia Pedras, nas redes sociais. “Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares, aos 84 anos. Nos deixou no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados”, escreveu Flávia
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Nas redes sociais, diversos colegas da TV, familiares, amigos e fãs se solidarizaram com a morte do artista. Ana Maria Braga, Adriane Galisteu, a atriz Bárbara Paz e a cantora Zélia Duncan, por exemplo, lamentaram o ocorrido e prestaram homenagens nas redes sociais
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Durante a vida, Jô se relacionou com diversas mulheres e se casou três vezes. Do primeiro matrimônio, com a atriz Therezinha Millet Austregésilo, teve o filho Rafael Soares, que era autista e morreu em outubro de 2014
“Receber a notícia da morte do Jô foi um choque para mim. Sabe aquelas pessoas que a gente acha que estarão sempre aqui, que são eternas? Jô era uma dessas pessoas para mim. Meu pai, meu amor, meu amigo, meu conselheiro… Ele representava tanta coisa para mim! Seu jeito de encarar a vida, de olhar e reparar em quem estava diante dele sempre me inspirou. Atenção genuína e o nosso tempo são das coisas mais preciosas que podemos dar a alguém. Jô era especialista nisso. Um ser humano inspirador, genial, talentoso e sempre disponível. Uma pessoa que fazia questão de exaltar os outros, de incentivar, de dar a mão e levar pelo braço quem quer que fosse. Pode reparar em suas entrevistas: muitas vezes, ele segurava na mão do entrevistado para tranquilizá-lo. Era esse o nível de cuidado com o outro que ele tinha!”, elogiou Claudia.
“Conhecer o Jô foi um divisor de águas na minha vida: antes dele eu era Maria Claudia Motta Raia; depois dele, eu passei a ser Claudia Raia. Sim, foi ele quem me batizou artisticamente, e isso já diz tudo. Não haveria hoje uma Claudia Raia sem o Jô. Seja porque ele me deu o nome artístico, me deu a primeira oportunidade na TV e porque salvou a minha vida, quando me pegou pela mão e me levou ao médico depois de ver uma pinta na minha perna. Lá descobri que era um melanoma. Ele salvou mesmo a minha vida!”
“Me acalma saber que sempre o celebrei em vida. Sempre disse a ele o quanto a amava, o quanto ele era, e continuará sendo, importante para mim, na minha trajetória. Hoje, no lugar das gargalhadas que sempre demos juntos, sinto um vazio enorme. Mas o que perdurará não será a tristeza pela sua partida: será a saudade e as memórias tão preciosas que cultivamos. Seu legado será eterno, Jô. Já estou com saudade. Te amo para sempre!”, finalizou.