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Éramos Seis: os casais do momento e o amor maltratado

Lola, Júlio, Almeida e Clotilde vivem o amor vítima de uma prisão e de uma barreira

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Raquel Cunha/TV Globo
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1 de 1 Eramos-Seis-Almeida-Ricardo-Pereira-e-Clotilde-Simone-Spoladore-Raquel-Cunha-TV-Globo - Foto: Raquel Cunha/TV Globo

Perto de completar um mês no ar, Éramos Seis tem dado um show de imagens com sua fotografia belíssima, figurinos de época impecáveis e cenografia marcante. Uma combinação capaz de levar os telespectadores a uma verdadeira viagem pelos anos 1920. Em meio a um elenco talentoso, quatro personagens em especial têm conduzido com sensibilidade duas relações que mostram o amor de dois ângulos bem diferentes.

De um lado, Júlio (Antonio Calloni) e Lola (Gloria Pires); de outro, Almeida (Ricardo Pereira) e Clotilde (Simone Spoladore). Cada um à sua maneira, esses casais têm movimentado a novela das 18h da Rede Globo e prendido as atenções dos telespectadores. Metrópoles conversou com eles para saber suas impressões sobre essas duas relações complexas.

Júlio e Lola: amor, desgaste e sacrifício
Lola (Gloria Pires) e Júlio (Antonio Calloni) formam o casal de protagonistas da Éramos Seis. Por meio deles, boa parte dos já distantes anos 1920 é contada. Em meio a muitos sacrifícios, especialmente financeiros, os dois lutam bravamente tanto para manter a família unida quanto a casa, financiada com tantas dificuldades em meio à frustração dele em não pode dar uma vida melhor à esposa e aos quatro filhos, Carlos (Xande Valois), Alfredo (Pedro Sol), Julinho (Davi de Oliveira) e Isabel (Maju Lima). “A Lola é uma esposa dedicada, que honra muito esse casamento e essa casa. O imóvel é um peso enorme para essa família, mas todos nela são envolvidos pelo amor, pelo prazer de estarem juntos, ainda que driblando as todas as dificuldades da vida”, diz Gloria.

Antonio Calloni também faz uma análise sobre seu personagem e de que forma ele atua como ponto de equilíbrio – ou não – da família. Afinal, vive em conflito com Alfredo. “O Júlio teve uma educação rígida e age da mesma forma com os filhos, pois foi assim que aprendeu com o pai. Com a Lola tem momentos de carinho, mas muitas brigas também, pois de vez em quando a acusa de ser a responsável por ele não ter a vida que quer”, destaca. “Com isso, acaba descontando na família suas frustrações com o trabalho, sendo bastante intempestivo às vezes, o que atrapalha sua vida. O Júlio não é bom e nem é mau, é apenas um homem em busca de sua felicidade, mas os problemas constantes o deixam com a saúde debilitada”, conta o ator, cujo personagem morrerá na segunda fase da novela, que terá início no próximo dia 4.

Almeida e Clotilde: sob a sombra do escândalo
Já Almeida de Clotilde têm chamado a atenção para um fato que hoje não impressiona a ninguém, mas que nos distantes anos 1920 soava como um escândalo social: o desquite. Apaixonados um pelo outro desde o primeiro momento em que se viram, eles vivem o drama de estarem condenados a não se tornarem marido e mulher pelo fato de ele ser desquitado, o que na época era motivo suficiente para impedir um casamento tradicional. Assim, a moça esbarra no medo de viver uma relação incompleta e ser alvo de críticas.

“O desquite era um ‘karma’, um peso que ‘ferra’ com a vida do Almeida. Ele se casou muito novo, não acertou na escolha da pessoa e quis se separar. E a sociedade faz questão de lembrar e relembrar isso permanentemente para ele”, conta Ricardo, que não é nada otimista em relação ao envolvimento de seu personagem com a de Simone Spoladore. “Almeida e Clotilde querem ser livres, mas há o olhar castrador da sociedade”, completa, o ator português.

Por sua vez, Simone destaca como sua personagem sofre uma completa modificação por conta do sentimento intenso e repentino que passa a nutrir por Almeida. Um pilar na família desde que Lola saiu de casa, Clotilde vê isso ruir com o surgimento dessa paixão. “Ela é a irmã que resolveu ficar em casa para cuidar da mãe e dar estrutura emocional para a família, sendo esse um dos motivos para não ter casado”, conta a atriz.

“Mas ao encontrar o Almeida, isso passou a desestruturar tudo o que esperava da vida, pois achou que jamais iria se apaixonar. Só que a Clotilde descobre que ele é desquitado, e como as regras morais eram muito rígidas e ela é bastante religiosa, seria um desatino aceitar essa paixão. Um pecado somado à falta de estrutura emocional para ir contra a sociedade. Então, diz ‘não’ a esse sentimento”, completa Simone, deixando no ar que o romance de Almeida e Clotilde pode estar com os dias contados. Será?

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