Documentário sobre as Paquitas é cancelado: “Não querem abordar espinhos”
Intitulado É Tão Bom, o documentário já estava sendo gravado e já tinha entrevistas de Andrea Sorvetão, Andrea Veiga e Juliana Baroni
atualizado
Compartilhar notícia
O documentário que contaria a história das Paquitas, intitulado É Tão Bom, já estava sendo gravado e as entrevistas já estavam sendo feitas. O projeto, porém, precisou ser cancelado por “forças ocultas”, segundo a diretora Joana Di Carso resumiu para o portal Extra.
Joana perdeu o interesse pelo filme após obstáculos e questionamentos que foram sendo impostos. Um dos motivos foi a desistência de algumas Paquitas de dar entrevistas para o documentários, que tinham confirmado a participação anteriormente.
“Meu objetivo era que as pessoas revivessem essa história que foi marcante para muita gente. Mas nem tudo são flores na vida de ninguém. Quando você decide abordar também os espinhos, começa a incomodar. Ficou claro que não querem abordar os espinhos. Seria importante mostrar o que acontecia por trás, nos bastidores. Na minha opinião, o problema não foi de autorização de imagem, mas o que o documentário ia mostrar”, explicou Joana.
Andréa Sorvetão foi a principal entusiasta do projeto: “Ela fez a ponte com várias colegas, vinha me ajudando bastante. Mas estava muito desgastante e sempre quis evitar, desde o início, qualquer tipo de confusão”.
Segundo Joana, ela não teve interferência de Xuxa Meneghel ou da diretora Marlene Mattos, nem sempre citada de forma positiva nas entrevistas realizadas. “O problema é o entorno”, revela. Marlene, aliás, a bloqueou no WhatsApp na terceira tentativa de contato.
Das 29 Paquitas, 20 tinham aceitado participar do projeto. Sorvetão, Andrea Veiga e Juliana Baroni foram algumas que chegaram a gravar entrevista. Já Letícia Spiller foi uma que aceitou e depois voltou atrás. Da geração 2000, Stephanie Lourenço gravou e depois pediu que a entrevista não fosse mais usada.
“O que sempre me interessou foi a história de cada uma delas como paquita, não estava atrás de grandes polêmicas ou revelações. Oferecia de enviar as perguntas antes, sem problemas. Além disso, ninguém fica rico fazendo documentário no Brasil”, diz Joana.
Para que o material já gravado não seja perdido, a diretora vem disponibilizando aos poucos as entrevistas em seu canal no YouTube. As conversas com Andrea Sorvetão, Andrea Veiga, Louise Wischermann e o coreógrafo Oswald Berry já estão no ar.