Documentário Lama Seca conta histórias sobre tragédia em Brumadinho
Filmagens foram feitas durante os primeiros meses após a tragédia e mostram como a relação construída entre bombeiros e moradores do local
atualizado
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Pouco mais de três anos após a queda da barragem da Vale na cidade de Brumadinho (MG), os diretores e jornalistas Juliana Ribeiro e Eduardo Savanachi lançam o documentário Lama Seca, com filmagens realizadas durante os primeiros meses após a tragédia mostrando a relação entre os bombeiros e moradores do local.
“Buscamos desenvolver um filme com olhar humanizado, longe da frieza dos números e com depoimentos intensos e emocionantes. A ideia era dar rosto e voz aos atingidos por uma das maiores tragédias do país”, explica a diretora Juliana Ribeiro, que também foi responsável pela produção executiva e reportagens do projeto.
Em um cenário de tristeza e revolta, o documentário aborda os impactos da queda da barragem, que se tornou um marco na história de Brumadinho, afetando diversos aspectos da vida de seus habitantes. Como pano de fundo, a indignação generalizada da população com a forma que a mineradora Vale lidava com a situação.
“Trata-se de um filme que propõe uma discussão que vai além das causas e culpas, e que se concentra em mostrar a vida das pessoas e o real significado de um acontecimento que causou a morte de 270 pessoas, algumas cujos corpos até hoje não foram encontrados”, complementa Eduardo Savanachi, que assina o roteiro final do documentário.
Disponível no Vivo Play, Claro TV e nos serviços para assinantes ou on demand, o produto foi gravado de forma independente ao longo de 2019. A equipe entrevistou sobreviventes, moradores da cidade e familiares das vítimas da tragédia. A fotografia também teve um papel de destaque na produção, com imagens inéditas sobre as estruturas da Vale atingidas pela lama, da complexidade existente nas áreas de busca e das casas dos atingidos pela tragédia.
“A ideia era levar o espectador para dentro da vida em Brumadinho, naquele momento complicado de dor e revolta, para mostrar esse processo difícil de recuperação. As imagens têm um papel fundamental para registrar e, principalmente, sensibilizar a sociedade para que coisas assim não voltem a acontecer”, ressalta o diretor de fotografia Murillo Constantino.
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