Disney decide sair da TV paga e vai encerrar canais no Brasil: entenda
A Disney irá reformular suas operações no Brasil e, a partir de fevereiro, sairá das redes de TV por assinatura
atualizado
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A Disney anunciou uma reformulação de suas operações no Brasil. A partir de fevereiro, a empresa encerrará a transmissão de diversos canais de TV por assinatura que marcaram época no país. A mudança reflete a estratégia da companhia de concentrar esforços no Disney+, que passará a incorporar o conteúdo dos canais descontinuados.
“Em resposta às transformações no cenário local de mídia e entretenimento, e para garantir que continuemos a evoluir e atender às necessidades de nossos consumidores com agilidade e inovação, decidimos descontinuar a operação de alguns canais lineares no Brasil a partir de 28 de fevereiro de 2025”, diz a empresa.
Entre os canais afetados pela decisão da Disney estão Star Channel, FX, Cinecanal, Nat Geo, Disney Channel e Baby TV. A versão nacional da ESPN permanece preservada, pelo menos por enquanto, e seus diversos canais seguirão disponíveis para os assinantes dos planos de TV a cabo.
Operadoras como a Claro e a Sky já foram informadas da decisão da empresa de encerrar a maioria de suas atividades. A Disney confirmou a decisão, que atribui ao fato de todos os canais estarem registrando audiências consideradas baixas.
TV por assinatura perde clientes
As mudanças tecnológicas, principalmente com a chegada do streaming, têm uma vítima já confirmada: as TV por assinatura. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que quaee metade dos clientes abandonou o serviço em 10 anos.
Em fevereiro de 2024, o número de assinantes é de 10,1 milhões.
Desde 2014, quando o serviço atingiu o ápice, com 19,6 milhões, a TV por assinatura só perde clientes. De lá para agora, o serviço registra um queda de quase 50%, um total de 9,5 milhões de assinantes a menos em 10 anos.
A cifra atual, registrada em fevereiro de 2024, é a mais baixa em 14 anos de medição, segundo os dados da própria Anatel. O total se aproxima do mais baixo do período, registrado em 2010, quando o serviço contava com 9,6 milhões de assinantes.