Diretora de doc explica por que não ouviu assassinos de Daniella Perez
A diretora da série documental Pacto Brutal justificou em entrevista à revista Veja porque não entrevistou Guilherme de Pádua e Paula Thomaz
atualizado
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Tatiana Issa, diretora do documentário Pacto Brutal, obra que resgata o assassinato da atriz Daniella Perez e com estreia marcada para esta quinta-feira (21/3), explicou por que não entrevistou os criminosos Guilherme de Pádua e Paula Thomaz.
Em entrevista à revista Veja, Tatiana afirmou: “Se déssemos espaço para eles, estaríamos fazendo o mesmo que tanto criticamos. Houve um grande circo midiático em torno deste caso”.
Um dos objetivos da produção é desmentir a história repercutida na época do crime, sobre um suposto envolvimento entre Daniella e Guilherme Pádua, que na época viviam um par romântico na novela De Corpo e Alma (1992).
Porém, a série biográfica traz imagens e falas antigas dos dois condenados, além das de seus advogados durante o caso. O projeto é baseado nos autos do processo.
Glória Perez, mãe de Daniella e autora de novelas da Globo, deu o aval para a realização do documentário. Ainda na entrevista, Tatiana afirmou que teve um “sonho” com a jovem assassinada há cerca de um ano e meio, compartilhou com Glória e recebeu que já estava na hora de contar essa história.
Em cinco episódios, a série da HBO Max traz depoimentos de Raul Gazolla, viúvo de Daniella, e de amigos como Fábio Assunção, Claudia Raia, Cristiana Oliveira, Maurício Mattar, Wolf Maya, Glória Maria, Eri Johnson e Roberto Carlos. Além disso, autoridades e advogados também foram ouvidos. Assista ao trailer:
Relembre o caso de Daniella Perez
A atriz Daniella Perez, de 22 anos, foi assassinada em 28 de dezembro de 1992 por Guilherme de Pádua, com quem formava par romântico na novela De Corpo e Alma (1992), e pela então esposa dele, Paula Nogueira Thomaz.
O corpo da atriz foi encontrado com 18 golpes de tesoura que perfuraram o pescoço, pulmão e coração em um matagal na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ).
Guilherme foi considerado um suspeito horas depois. Isso porque seu carro foi visto por um advogado no local do crime. Após confirmar a suspeita da polícia de que a esposa estava envolvida no crime, o casal se divorciou.
Guilherme foi condenado a 19 anos de reclusão em 1997, mesmo ano em que Paula Thomaz recebeu a pena de 18 anos e seis meses. Em 1998, a pena dela foi reduzida para 15 anos. Ambos saíram em liberdade condicional em 1999, menos de sete anos após o assassinato.