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Diretor de Cem Anos de Solidão explora política em série da Netflix

Alex García López, diretor de série da Netflix, falou que Cem Anos de Solidão, livro de Gabriel Garcia Marquez, segue atual no mundo de hoje

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Pablo Arellano / Netflix
Foto colorida de Claudio Cataño como Aureliano Buendía - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Claudio Cataño como Aureliano Buendía - Metrópoles - Foto: Pablo Arellano / Netflix

Cem Anos de Solidão, uma das obras mais importantes de Gabriel Gárcia Marquez, ganha adaptação televisiva, nesta quarta-feira (11/12), na Netflix. A série, que terá duas partes, com 8 episódios cada, usa a fantasia criada pelo autor colombiano para explorar temas políticos contemporâneos.

Lançado em 1967, o livro explora, por meio do realismo fantástico, temas que como patriarcado, colonialismo, exploração econômica, amor e família. Assuntos que, com maior ou menor grau, seguem presentes na estrutura social da América Latina até hoje.

É a partir dessa premissa que o diretor argentino Alex García López (The Witcher, O Justiceiro e Utopia) construiu a adaptação da saga colombiana. Ele, que é responsável pelos episódios 1,2,3,7 e 8 da primeira parte, une o passado com o presente na trama.

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Marleyda Soto como Úrsula Iguarán em Cem Anos de Solidão
 Laura Sofía Grueso como Rebeca (Grande)
Diego Vásquez, que vive José Arcadio Buendía, com Claudio Cataño, no papel de Aureliano
Diretor Alex García no set de Cem Anos de Solidão
Claudio Cataño, o Aureliano Buendía, em cena de Cem Anos de Solidão
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Cem Anos de Solidão: Diego Vásquez é José Arcadio Buendía e Cristal Aparicio vive Remedios Moscote

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Marleyda Soto como Úrsula Iguarán em Cem Anos de Solidão

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Laura Sofía Grueso como Rebeca (Grande)

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Diego Vásquez, que vive José Arcadio Buendía, com Claudio Cataño, no papel de Aureliano

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Diretor Alex García no set de Cem Anos de Solidão

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Claudio Cataño, o Aureliano Buendía, em cena de Cem Anos de Solidão

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“É um livro fundamental, não apenas na Colômbia, mas para toda a América Latina e o mundo. Para mim, o tema principal do romance é a luta de um homem contra o destino, porque, a cada geração, os erros dos antepassados se repetem”, explica o realizador, ao Metrópoles.

O diretor entende que 50 anos depois a sociedade repete as críticas feitas por Gabriel Garcia Marquez.

“É como se cometêssemos os mesmos erros, na política, na religião. Melhoramos em alguns pontos, mas, em outros, tudo está igual. Cem Anos de Solidão, então, continua a nos inspirar, por isso é atual para novas gerações”, opina.

Macondo, a cidade de Cem Anos de Solidão

Para exemplificar a atualidade do livro, Alex García usa uma frase do Coronel Aureliano Buendia, personagem da obra: “Conservadores e liberais são a mesma coisa. A única diferença é que conservadores vão à missa às 17h e liberais, às 19h”.

Cena colorida do filme Cem Anos de Solidão - Metrópoles
Criadores idealizaram uma Macondo “historicamente precisa”

“Basta olhar o que está acontecendo no mundo, nos EUA, onde é vermelho versus azuis. Ou na Inglaterra, na França, na Itália. Sempre esquerda versus direita. Isso está ocorrendo em várias culturas, várias sociedades se identificam com o que ocorre em Macondo”, avalia.

Macondo, a cidade criada por Garcia Marquez, é, assim como no livro, uma personagem da trama. A cidade criada por José Arcadio e Úrsula ganhou uma versão real com 17 mil m² de construção e por volta de 130 edificações individuais, incluindo
fachadas, cenários internos e externos.

“Nossa Macondo é historicamente correta, com a arquitetura do período, da história da Colômbia. Então, mesmo que não seja aquela idealizada pelos leitores do livro, é a mais próxima possível daquela que teria existido em uma cidade caribenha”, conclui a designer de produção Bárbara Enríquez.

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