Débora Falabella fala sobre dependência química e papel em O Clone
A atriz falou sobre como foi viver o papel de Mel e como está sendo ver a novela novamente no ar após tanto tempo
atualizado
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Débora Falabella foi um dos destaques da novela O Clone, lançada em 2002, e que está sendo reprisada no Vale A Pena Ver De Novo. A atriz viveu Mel, uma personagem que sofreu com problemas da dependência química, e ficou marcada pelas boas atuações.
“Até hoje as pessoas seguem falando comigo sobre esse trabalho. A Mel foi uma personagem impactante para a época e até hoje eu às vezes escuto histórias de pessoas que estavam passando por problema com dependência química e falam da Mel de uma forma muito carinhosa, dizendo que a personagem ajudou para que o diálogo fosse mais fluido em casa, com a conscientização relacionada a esse problema”, conta.
Em entrevista para a TV Globo, Débora Falabella relembrou o trabalho realizado. Confira:
De que forma viver a Mel foi importante na sua vida e carreira?
O que mais me tocou foi poder falar sobre o tema da dependência química sem amarras e sem tabus, humanizando a situação de um dependente químico e da sua família. Quando o público se identifica com o personagem, se torna muito mais forte para falar sobre o assunto e procurar ajuda. Eu fico muito feliz até hoje quando pessoas que passaram por uma situação parecida, me encontram e dizem que se enxergaram naquela personagem, se sentiram identificadas e menos sozinhas.
Como está sendo rever O Clone vinte anos após a exibição original?
A teledramaturgia faz parte da nossa cultura e muitas novelas foram marcantes para as pessoas. Acho que ativar essa memória e relembrar as boas histórias é celebrar esse momento da nossa cultura. O Clone foi uma novela muito marcante, eu tenho muito orgulho de ter feito parte dela, vendo pelo lado mais pessoal é como se eu voltasse um pouco no tempo, minha vida era diferente e minha experiência como atriz também. Assistir a esse trabalho hoje também me faz relembrar a minha história e esse momento da minha vida.
Como foi a preparação para viver a Mel?
Eu me lembro que na época eu participei de alguns encontros de dependentes químicos e familiares que foram importantíssimos para entender a Mel. Falamos com especialistas, assistimos a filmes e documentários. A história da personagem foi muito bem contada, o que facilitou na construção dela. Eu conheci a Mel antes do envolvimento com as drogas e aí eu percebi o que a levou para esse caminho, a preparação depende muito do texto e nesse sentido a Gloria (Perez) fez um trabalho lindo com essa personagem.
Qual a principal lembrança que você tem do período de gravação da trama? Como eram os bastidores e a relação com o elenco?
Faz bastante tempo, mas eu lembro que tive excelentes parceiros de cena, o clima nos bastidores era ótimo e isso era essencial porque a Mel vivia situações muito difíceis. Eu era muito jovem e tive que entender como me relacionava com essa personagem, como carregava o peso dela para a vida.
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