Crítica: WandaVision acerta em cheio na mistura do humor com a “estranheza”
Série ganhou seus dois primeiros episódios nesta sexta (15/1) e mostra o que pode estar por vir na Fase 4 do MCU
atualizado
Compartilhar notícia
Após pouco mais de um ano e seis meses, podemos, enfim, rever a consagrada abertura da Marvel que acompanhou os fãs de heróis e quadrinhos nos cinemas por mais de 11 anos. Mas, desta vez, na televisão. O Marvel Studios estreou no Disney +, nesta sexta-feira (15/1), com WandaVision e as primeiras impressões mostram o que pode estar por vir no futuro do Universo Cinematográfico Marvel (MCU).
Diferente de tudo o que foi visto até agora no MCU, WandaVision inicia a Fase 4 das produções do Marvel Studios, que desta vez vai unificar de vez a televisão e os cinemas – o que não aconteceu de forma efetiva na parceria do estúdio com a Netflix.
Com apenas dois episódios disponibilizados, WandaVision acerta em cheio na mistura do humor com o sentimento de “estranheza”. O primeiro capítulo tem início com Wanda Maximoff/Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) recém-casados, chegando à cidade de Westview, e mostra o casal super-poderoso tentando se adaptar à vida normal nos Estados Unidos das décadas de 1940/1950.
Homenagem às sitcoms clássicas
Com um humor leve e caricato, a produção usa dos elementos típicos do gênero para demonstrar ao telespectador o sentimento de confusão do casal, que ainda procura entender o que é aquela realidade em que vivem, ao mesmo tempo que precisam se adaptar as situações cotidianas próprias do período (Wanda limitando seus poderes às tarefas de casa e Visão no trabalho e tentando se provar humano).
Tanto Elizabeth Olsen quanto Paul Bettany mostram qualidades na comédia que ainda não haviam sido vistas nos cinemas – principalmente pelo intérprete de Visão. Ambos os atores conseguem desempenhar muito bem a ideia de homenagem do show, com piadas jocosas e trejeitos típicos dos seriados clássicos da TV americana – até mesmo no design em preto e branco e a presença de plateia no set -, sem deixar de lado as características que os marcaram em suas passagens pelo MCU.
Em seus dois capítulos lançados, WandaVision mantém o ar de mistério que envolve a trama desde o anúncio da produção, entregando poucas dicas de como Wanda e Visão foram parar naquele lugar/realidade. Os “spoilers” entregues até aqui indicam que a realidade foi mesmo uma criação de Feiticeira para viver feliz com Visão após a morte dele em Vingadores: Guerra Infinita, além de que ela pode estar sob a vigilância de alguém (a voz que aparece na rádio).
Os primeiros episódios ainda mostram que a série também não deve deixar a desejar no fan service, tanto para os leitores dos quadrinhos, quanto para aqueles que aprenderam a amar o universo com os mais de 24 filmes lançados desde a estreia de Homem de Ferro, em 2008.
O início promissor de WandaVision confirma o quanto a Disney busca manter, em suas séries, a mesma qualidade vista nos cinemas e, ainda, indica que o estúdio e Kevin Feige não devem se limitar à “Fórmula Marvel” que fez tanto sucesso nos últimos anos. Inovações estão a caminho no MCU.