Crítica: Temporada de Verão tem cara de Malhação da Netflix
A primeira série teen nacional original da Netflix conta com Giovanna Lancellotti e o chileno Jorge Lopez nos papéis principais
atualizado
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Temporada de Verão é uma aposta da Netflix para o mercado nacional, sendo a primeira série teen original brasileira do catálogo – a estreia está marcada para a próxima sexta-feira (21/1). Com um elenco recheado de nomes consagrados como Giovanna Lancellotti, Gabz, Jorge Lopez e André Luiz Frambach, o drama adolescente trata de assuntos sérios, mas de forma leve, lembrando o estilho de uma outra novela adolescente, Malhação, exibida na Globo durante 26 anos.
Sinopse
Temporada de Verão trata de temas como crescimento pessoal, abismo social e novas experiências. A trama aborda a história da destemida Catarina (Giovanna Lancellotti), da perspicaz e irreverente Yasmin (Gabz), do sonhador Diego (Jorge López) e do veterano do staff, Miguel (André Luiz Frambach). Todos encaram um verão trabalhando em um resort de luxo, o hotel Maresia.
Neste lugar exuberante, os jovens membros do staff farão descobertas sobre o mundo e sobre si mesmos. E, se antes eram desconhecidos, logo se transformarão em uma verdadeira família.
Acertos
Começando a falar sobre seus pontos positivos, a série traz uma incrível nostalgia com as músicas escolhidas. Quando o assunto é a canção perfeita para o momento-chave, a seleção é certeira. Além disso, a visão de “família” da trupe do hotel Maresia é feita com bastante cuidado e, apesar de problemas e momentos de conflitos entre eles, os personagens se unem para vencer os desafios de trabalhar em um resort de luxo.
E, por falar nos personagens, aqui há uma preocupação muito grande das diretoras Isabel Valiante e Caroline Fioratti. Em um primeiro momento, existe uma apresentação e uma identificação bem clara dos jovens que participam da trama. Em seguida, as duas desmontam determinados estereótipos para, então, construí-los novamente.
Toda essa transformação, ajuda na formação das relações e, principalmente, na importância de cada um deles para a série, assim como o local de fala e o senso de pertencimento de cada um deles dentre todos os grandes aspectos de nossa sociedade.
Dessa maneira, há diversos temas abordados que, por mais sérios que sejam, como racismo, homofobia, chegam ao público de uma maneira leve, mas sem superficialidade, sendo ainda capazes de causar um certo incômodo em seus espectadores e os fazer refletir.
O local para a gravação da série também foi uma escolha muito feliz. Ilhabela, no litoral de São Paulo, capricha na interpretação e faz bonito. O mar azul, o céu ensolarado, o fundo do mar, a praia e diversos outros elementos se unem para deixar a fotografia e a ambientação da produção a melhor possível.
Apesar de se preocupar com diversos fatores, a história principal da série traz diversos momentos clichês e fazem com que a trama mais se pareça (ainda mais) com uma temporada de Malhação. Entretanto, a mensagem passada pela produção se sobressai ao seu enredo e traz uma reflexão bem interessante sobre aspectos importantes que valem a pena serem retratados. Outra coisa que valeu foi a iniciativa da Netflix de criar uma série teen nacional, a primeira de seu catálogo.
Avaliação: Bom
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