Crítica: Shippados extrai humor da solidão dos desajustados
Produção é a nova série do Globoplay e conta com Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch nos papéis principais
atualizado
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Nova produção do Globoplay, Shippados é uma grata surpresa para quem anda meio cansado da atual fórmula seguida pelo mercado cinematográfico de comédias brasileiras. Estrelada por Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch, a série enfoca a história dos personagens Rita e Enzo, pessoas que sofrem com a solidão por não se ajustarem ao modelo padrão de comportamento social.
Na trama, os dois jovens de personalidades peculiares buscam o amor por meio de aplicativos de relacionamentos. Cansados dos encontros malsucedidos, Rita (Tatá Werneck) e Enzo (Eduardo Sterblitch) decidem se conhecer melhor e vão descobrindo coisas em comum. Ao menos na ficção, a máxima popular que diz “toda panela tem sua tampa” é real.
Para quem ri mais de situações que de piadas batidas, Shippados também é um prato cheio. Repleto daqueles momentos de vergonha alheia, por vezes as risadas vêm acompanhadas de compaixão. Outros dois casais – vividos por Luis Lobianco, Clarice Falcão, Julia Rabello e Rafael Queiroga – têm suas vidas dissecadas durante os 12 episódios da primeira temporada da série.
Luis Lobianco e Clarice Falcão interpretam Valdir e Brita, namorados naturebas que dividem o apartamento com Enzo. Os dois se recusam a vestir roupas enquanto estão em casa e perturbam a vida do companheiro de quarto. Enquanto isso, Suzete (Julia Rabello) e Helio (Rafael Queiroga) formam a dupla aparentemente normal da produção, mas que no fundo tem lá suas esquisitices, como todo mundo. Esses quatro vão mostrar a Rita e Enzo que eles não são mais tão sozinhos quanto eles pensavam.
A beleza de Shippados está nesse punhado de pessoas reais, com defeitos, manias, loucuras e desajustes. Bem longe das mocinhas de salto alto e cabelos escovados e dos galãs modelos de sucesso e seus carrões. Aliás, depois dos encontros, Rita e Enzo sempre voltam juntos para casa de metrô. Quem nunca?
Assinado por Fernanda Young e Alexandre Machado, mesmos criadores de Os Normais, sucesso global entre 2001 e 2003, Shippados é leve, engraçado e verdadeiro. Por mais absurdas que pareçam, é impossível não se identificar com algumas situações e não “shipar” #Rizo.
Avaliação: Bom
Confira o trailer: