Crítica: Ricos de Amor 2 tenta misturar crítica social e romance
Ricos de Amor 2, com Giovanna Lancellotti e Danilo Mesquita no elenco, estreia na Netflix nesta sexta-feira (2/6)
atualizado
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Não há nada que conquiste melhor o público do que o velho e bom romance “Nutella”, e deve ser nisso que a Netflix pensa quando investe continuamente em produções do gênero. Acontece que, nem sempre, a locadora vermelha acerta em cheio na escolha. Ricos de Amor 2, longa-metragem brasileiro protagonizado por Giovanna Lancellotti e Danilo Mesquita, é a prova disso.
Veja aqui o Metrópoles Já Viu de Ricos de Amor 2.
A continuação do primeiro filme segue acompanhando o romance conturbado de Paula e Teto. O rapaz ainda tenta se desvencilhar das riquezas do pai, enquanto a moça se esforça para seguir a carreira de médica em tribos indígenas do Amazonas.
Acontece que Ricos de Amor 2 peca no roteiro. A produção é acelerada, com temas de desigualdade social entrelaçados em um romance confuso e na briga do garimpo ilegal — único assunto que faz o filme valer a pena.
O longa, que conta ainda com Fernanda Paes Leme, Jaffar Bambirra, Lellê, Adanilo, Kay Sara, Aline Dias, Roney Villela e Ernani Moraes, é mais do mesmo de longas brasileiros que buscam abordar temas sociais, mas se confundem com o romance central da história.
O primeiro filme, por exemplo, mostra a pobreza carioca em disparidade com uma população rica que ganha dinheiro em cima dos mais desfavorecidos. O segundo longa segue a mesma linha, mas com foco no garimpo ilegal em terras indígenas.
A pergunta que fica no ar é: por que não focar apenas em um romance bem-feito, assim como no primeiro filme, ou abordar apenas os problemas sociais de uma sociedade extremamente desigual, com assunto para dar e vender em um país como o Brasil?
Ricos de Amor 2 é, em resumo, mais do mesmo. O que salva o longa, que chega ao catálogo do streaming nesta sexta-feira (2/6), é o elenco estrelado. Giovanna Lancellotti e Danilo Mesquita entregam uma química intensa e leve ao mesmo tempo, enquanto a junção da ironia natural de Fernanda Paes Leme e a irreverência de Aline Dias encerram o pacote.
Avaliação: Regular