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Crítica: Massacre da Serra Elétrica tem gore, mas esquece do roteiro

Disponibilizado pela Netflix na última semana, o novo longa do Leatherface foca no “banho de sangue”, mas não coloca o espectador no enredo

atualizado

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O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface
1 de 1 O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface - Foto: null

A Netflix surpreendeu os fãs de O Massacre Da Serra Elétrica ao disponibilizar, em 2022, mais um filme da saga. Entretanto, o longa dirigido por David Blue Garcia foca mais em dar um banho de sangue nos espectadores do que construir uma história na hora de trazer Leatherface novamente para o centro da trama.

Veja a lista completa de filmes que estreiam na Netflix em 2022

Isso porque não há qualquer construção das personagens. Somente Lila (Elsie Fisher) e Sally Hardesty (Olwen Fouéré) têm um passado contado pelo longa. Enquanto a primeira sobreviveu a um tiroteio em sua escola, onde levou um tiro, a segunda já é conhecida do público e volta após o massacre de 1973.

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O longa traz o retorno de Leatherface às telinhas
Entretanto, o filme deixa o roteiro de lado...
para focar em um verdadeiro banho de sangue
Melody (Sarah Yarkin) é a grande perseguida deste novo longa
Ela, sua irmã Lila (Elsie Fisher), Ruth (Nell Hudson) e Dante (Jacob Latimore) buscam vender as propriedades de uma cidade fantasma no Texas para outros empreendedores
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O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface estreou no dia 18 de fevereiro, na Netflix

Netflix/Divulgação
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O longa traz o retorno de Leatherface às telinhas

Netflix/Divulgação
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Entretanto, o filme deixa o roteiro de lado...

Reprodução
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para focar em um verdadeiro banho de sangue

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Melody (Sarah Yarkin) é a grande perseguida deste novo longa

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Ela, sua irmã Lila (Elsie Fisher), Ruth (Nell Hudson) e Dante (Jacob Latimore) buscam vender as propriedades de uma cidade fantasma no Texas para outros empreendedores

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Continuação ignora eventos das várias sequências do longa

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O novo O Massacre da Serra Elétrica traz elementos do filme de Tobe Hooper

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Em 2022, o Leatherface volta a atacar uma cidade fantasma

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“O Massacre da Serra Elétrica” (2013): a Netflix disponibiliza a versão mais recente do clássico do terror. Na trama, cinco amigos esbarram em uma família texana isolada (para lá de estranha, diga-se de passagem) e se veem em meio a um massacre feito por um homem que usa máscara feita de pele humana e uma serra elétrica como arma

Reprodução

Antes de seguirmos com a crítica, vale a pena conferir a sinopse oficial e o trailer de O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface.

Depois de quase 50 anos escondido, Leatherface está de volta para aterrorizar um grupo de jovens idealistas que perturbam, sem querer, seu mundinho protegido em uma cidade do TexasPara trazer mais informações, quatro jovens, Lila, Melody (Sarah Yarkin), Dante (Jacob Latimore) e Ruth (Nell Hudson), adquirem Harlow, uma cidade fantasma no Texas, para revenderem as propriedades para outros jovens empreendedores. Entretanto, a cidade conta com Mrs. MC e seu marido, que moram em um antigo orfanato.

Sobra sangue

Muito diferente do longa dirigido por Tobe Hooper, esta nova película de David Blue Garcia não tem como objetivo uma história bem detalhada ou qualquer outro aprofundamento nas personagens. Dessa maneira, o telespectador não cria qualquer simpatia com as pessoas que estão atuando no longa.

A afirmação conta com apenas uma exceção: Lila. A jovem, que é irmã de Melody, sobreviveu a um tiroteio em sua escola. Ela levou um tiro no pescoço e, hora ou outra, esse fato vem à tona. Seja em um primeiro momento, em que ainda não é tão explicado o que aconteceu, seja mais para dentro do filme, quando isso torna uma motivação para ela fugir do LeatherFace.

É dela que vem um trocadilho interessante, seguido por uma cena que dá muita esperança àqueles que estão assistindo. Em um momento, ela chega com um fuzil e chama o assassino de “LeatherFodido”. Entretanto, não é nesse momento, que está localizado mais para o final do filme, que tudo se resolve. Quando ela vai atirar, a arma não tem balas. (o spoiler acaba aqui).

Garcia até tenta criar alguns contextos para o espectador se localizar, mas isso acaba com 20 minutos de filme, quando o assassino realmente aparece e começa a fazer suas vítimas. Aqui há uma cena emblemática, já que o LeatherFace aparece ainda sem máscara e ele a faz. A cena acaba se tornando uma homenagem a sua amada.

A fotografia, entretanto, é positiva e se comporta como um elemento da história: seja em um campo de girassóis ou na cidade, o aspecto chama a atenção e consegue agradar visualmente.

Como dito anteriormente, há um verdadeiro mar de sangue que pode até vazar de sua televisão. Há uma cena, dentro do ônibus que levava os empreendedores para a cidade, que comprova isso muito bem. Um verdadeiro massacre.

É também neste momento que Garcia faz uma dura crítica às redes sociais, à forma como a utilizamos e a cultura do cancelamento. Diante do perigo, muitas pessoas erguem os seus celulares para filmarem o Leatherface, duvidando do que ele poderia fazer e até zombando do momento. Isso também fica evidente com os comentários da live feita por um jovem no Instagram.

O filme ainda conta com um plot twist em seu final, mas não teremos (mais) spoilers por aqui. Também há uma cena pós-crédito que sugere uma possível sequência para o longa.

Avaliação: Ruim.

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