Crítica: 3ª temporada de Eu Nunca foca na maturidade dos personagens
O novo ano ainda acompanha os percalços de um adolescente, mas foca em mostrar a maturidade emocional que os jovens começam a criar
atualizado
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A terceira temporada da série Eu Nunca…, lançada recentemente pela Netflix, conseguiu atingir o que poucas séries adolescentes alcançam. Os personagens, incluindo a protagonista Devi Vishwakumar (Maitreyi Ramakrishnan), mostram uma maturidade avançada para lidar com os problemas da vida e enfrentar os percalços do dia a dia.
Neste ano, a série ainda segue a mesma lógica das outras temporadas: o telespectador se vê de frente com as indecisões amorosas de Devi, o triângulo amoroso entre a protagonista; Paxton Hall-Yoshida (Darren Barnet) e Ben Gross (Jaren Lewison); as nuances únicas da adolescência; problemas familiares e por aí vai.
A diferença desta temporada para as outras é, de fato, o quanto os personagens amadureceram. Devi, por exemplo, consegue lidar melhor com a morte do pai Mohan Vishwakumar (Sendhil Ramamurthy) e até entender com mais clareza o turbilhão de sentimentos que seu coração enfrenta — ela prova isso com a chegada de mais um possível crush na série.
Além disso, Eu Nunca… mantém a premissa de abordar temas de relevância social. Nesta sequência, somos apresentados ao uso do gênero neutro e inseridos em um contexto da comunidade LGBTQIAP+ na visão de adolescentes confusos e cheios de hormônios que ainda estão tentando se entender.
A Netflix, no entanto, terá que pensar bem no enredo da quarta e última temporada de Eu Nunca… A série tem de tudo para ficar cansativa e maçante em um quarto ano, principalmente se a “locadora vermelha” insistir no triângulo amoroso entre Devi, Paxton e Ben.
Avaliação: Ótimo