Coronavírus: BBB20, Fantástico e canais a cabo dominam TV
Pandemia obrigou emissoras a suspenderem diversas atrações. Jornalismo e streaming também concentram o interesse do público
atualizado
Compartilhar notícia
Quarentena e isolamento social em casa, comércio e serviços públicos quase todos fechados, empresas em regime de home office. A pandemia do novo coronavírus impôs uma rotina inédita e um tanto assustadora ao Brasil. No fim de semana que se avizinha, a televisão tradicional deve enfrentar desafio ambíguo: transmitir tanto entretenimento quanto informação ao público confinado em casa.
Nos próximos dias, a impossibilidade de plateias em programas ao vivo e a falta de novidades roteirizadas podem fazer o pêndulo da audiência se voltar para algumas poucas atrações “intocadas” da TV aberta.
A Rede Globo, líder absoluta no Ibope, teve que suspender várias atrações de entretenimento para ampliar a cobertura jornalística e evitar aglomeração de plateias, artistas e figurantes nas gravações.
Novelas, Domingão do Faustão, The Voice Kids e Altas Horas dão lugar a reprises. Filmes ocupam a faixa nobre do futebol. Por outro lado, BBB20 (Big Brother Brasil) e Fantástico devem nadar de braçada como as opções solitárias de entretenimento “fresquinho”.
A “revista eletrônica” da Globo, por sinal, vai começar mais cedo no domingo (22/03), às 20h, com edição especial voltada à cobertura do coronavírus no Brasil. O médico Drauzio Varella está entre as atrações, apresentando uma reportagem sobre os profissionais de saúde que têm se arriscado no combate à doença.
TV a cabo e streaming
As principais operadoras de TV a cabo, Vivo, Claro/Net e Sky, liberaram dezenas de canais de graça, de telejornalismo a grades infantis, para não assinantes e ampliaram bandas de internet.
O Grupo Globo também disponibilizou canais fechados da Globosat como cortesia e abriu alguns conteúdos do streaming Globoplay aos isolados.
As gigantes de streaming Netflix e Amazon Prime Video, claro, engrossam as possibilidades de fuga do tédio. Algumas plataformas menores, a exemplo do Spcine Play, da Prefeitura de São Paulo, abriram totalmente seus acervos para público. De uma vez só, colaboram para a quarentena e ainda popularizam catálogos alternativos que merecem mais atenção do público.