Constantino admite que pediu demissão de Calejon e Grandini à Jovem Pan
Cesar Calejon e Leonardo Grandini protagonizaram embates ao vivo com Rodrigo Constantino essa semana
atualizado
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Comentarista da Jovem Pan, Rodrigo Constantino usou as redes sociais para se pronunciar sobre a decisão de abandonar a transmissão do 3 em 1, na Jovem Pan News, depois de ser chamado de puxa-saco de Jair Bolsonaro (PL) pelo analista político Leonardo Grandini. Constantino ainda admitiu ter colocado o afastamento de Grandini e de César Calejon, com quem também discutiu na segunda-feira (14/11), como condição para permanecer na emissora.
“Eu saí do programa sim por que eu já vinha dando indicações que eu cansei de ser usado pra atrair audiência. Aqui, mais de 90% quer ouvir minhas analises e do [Jorge] Serrão”, iniciou ele.
“Eu não tenho mais saco pra treta de botequim. Isso eu levo de vez em quando pro Twitter. Eu sou alguém que tem bagagem, que estudei, que tenho curso sobre os pensadores da liberdade. Tenho mais de 12 livros, um best-seller, Esquerda Caviar, eu quero debater a sério, eu adoro o contraponto, desde que seja honestidade intelectual”, gabou-se Constantino, admitindo, em seguida, que causou a demissão dos colegas.
“Imediatamente os diretores da Jovem Pan me ligaram, mandaram mensagem, pediram calma, viram que o que aconteceu era inaceitável (…). Então o recado tá dado, acho que eles entenderam, tanto que é que amanhã eu estou no programa, Caneloni não está, Dirceuzinho não está”, afirmou Constantino.
Rodrigo Constantino admitindo que condicionou a sua continuidade em um programa da Jovem Pan, à saída de dois comentaristas que confrontaram e escancaram a sua hipocrisia ao vivo. O grande “defensor da liberdade de expressão” praticando CENSURA!pic.twitter.com/igPuQ9tQiH
— Desmentindo Bolsonaro (@desmentindobozo) November 17, 2022
Entenda
Durante o Jovem Pan News da última segunda-feira (14/11), Cesar Calejon e Rodrigo Constantino discutiram ao vivo sobre as manifestações antidemocráticas, realizadas em frente a quartéis brasileiros.
“Você está em Miami, se isso estourar, não é você que vai ter que lidar com as consequências. Se você quer fomentar o caos no país, eu acho justo que você pegue um voo e venha para o Brasil”, disparou Calejon a Constantino, que está morando fora do Brasil.
“Porque fazer isso via televisão, morando em Miami, eu acho que, no mínimo, é cínico demais. Eu não sei se você entende o tamanho da responsabilidade daquilo que você está fomentando. As pessoas estão sendo humilhadas e você está se deleitando”.
Cesar Calejon
“O que vai acontecer em seguida são assassinatos, são atentados, são agressões que vão atentar contra a vida humana. É a tua fala que estimula esse procedimento”, concluiu ele, irritando Constantino.
Já nesta quarta-feira (16/11), Constantino discutiu com Leonardo Grandini, que o chamou de puxa-saco. “Ao contrário de você, que é puxa-saco de presidente da República, eu não puxo o saco de ninguém”, disparou o analista político na discussão. Logo depois, o comentarista se revoltou e avisou que deixaria o ao vivo.
“Paulo [Mathias], continua o programa aí. Não sou obrigado a ouvir isso. Avisa o Tutinha que cansei”, comentou Rodrigo antes de desligar a câmera. Tutinha é apelido do empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, presidente e CEO do Grupo Jovem Pan.