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CNN é condenada a pagar indenização a repórter por frase racista

A frase racista foi dita por um superior do jornalista Renan de Souza, que trabalhou na CNN Brasil entre 2020 e 2022

atualizado

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CNN Brasil
1 de 1 CNN Brasil - Foto: Divulgação

A CNN Brasil foi condenada a pagar uma indenização por danos morais ao jornalista Renan de Souza por causa de uma fala racista. O profissional trabalhou na emissora entre 2020 e 2022 e deve receber o montante de R$ 50 mil, de acordo com o Notícias da TV.

Segundo o processo, Renan alegou que o então editor-chefe Asdrúbal Figueró Júnior teria reclamado com ele durante a edição de uma reportagem sobre o assassinato de George Floyd, que morreu sufocado por um policial branco em 2020. O repórter teria discordado de um corte proposto pelo superior por acreditar que ele não passaria a ideia correta do que houve com o norte-americano.

Na ocasião, Júnior teria dito: “Você está dizendo isso porque é preto, está querendo defender preto, e você não entende nada de racismo”. Uma testemunha ouvida no processo também alega que ouviu o editor reclamar que “Isso é coisa de preto” e “Vocês estão querendo defender preto”, além de declarar que Renan de Souza chegou a chorar após a discussão. 

Em nota, a CNN afirmou que repudia qualquer tipo de racismo. “O Tribunal, de forma unânime, confirmou que não houve discriminação nem racismo estrutural e, em decisão não unanime, concedeu ao ex-colaborador uma indenização por danos morais em razão de um único episódio de desentendimento com outro ex-colaborador, que não faz parte do quadro da empresa há quase dois anos”, diz o comunicado.

Do outro lado, Asdrúbal Figueiró Júnior garante não ter feito nenhum comentário de cunho racista. Emo entrevista à Veja, ele teria argumentado que a imagem do policial ajoelhado sobre o pescoço de George Floyd não deveria ficar muito tempo no ar. 

“É uma imagem angustiante, de uma pessoa sofrendo, agonizando. Em nenhum momento pedi que o editor não destacasse o componente racial da violência policial na história, ao contrário”, afirmou ainda. Ele também garante que não foi “citado nem ouvido no processo trabalhista”.

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