Claudia Leitte sobre o The Voice Kids: “Ser mãe torna mais fácil”
A apresentadora, cantora e técnica diz que nova temporada está com gosto especial: programa volta em 5 de janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
Claudia Leitte volta, em 05 de janeiro, para seu terceiro ano seguido como técnica do The Voice Kids. A cantora sabe do tamanho da responsabilidade de lidar com os sonhos das crianças, que almejam se tornar grandes sucessos do entretenimento brasileiro – como é a própria artista baiana. “Foi maravilhoso participar de cada edição, mas nessa tem um negócio especial acontecendo”, antecipa.
Ao lado de Carlinhos Brown e da dupla Simone & Simaria, Claudia Leitte concilia a agenda de shows pelo Brasil com a gravação dos programas. “Sou muito espoleta. Já até tentei controlar isso em mim para dar uma equilibrada”, explicou. “Esse negócio de não parar um segundo é muito forte em mim”, completou.
Confira a entrevista:
Você canta desde os três anos de idade, muito novinha. Se vê um pouco nas crianças do The Voice Kids?
O tempo inteiro. Quando não vejo a mim, lá atrás, vejo os meus filhos. É muito difícil não associar à minha história, por mais que eu precise fazer isso. Faço música, me envolvo, sou apaixonada por música e a tenho completamente na minha vida. Só que no The Voice Kids, o que está em jogo é a arte de outra pessoa. No programa, a gente cuida do canto de alguém, da carreira de alguém, do sonho de alguém. E eu preciso às vezes não me ver tanto. Mas me vejo e me emociono. Nesse encontro de histórias, tenho muitos aprendizados para o meu momento atual e isso desperta em mim uma nova criança.
Estar tão perto dessas crianças que tem o sonho de se tornarem cantoras, assim como você, é uma baita responsabilidade, porque qualquer coisa que vocês, técnicos, digam é muito marcante para eles. Tem algum segredo para dar os conselhos e até fazer as críticas sem perder a naturalidade?
A regra, para mim, é o amor. Sempre pensando que é alguém que, como eu, tem sonhos, seus momentos difíceis, que fica nervoso. É a empatia. A gente cria os filhos da gente assim também: tendo que dizer “nãos”, tendo que chamar atenção para que vão por um caminho diferente do que eles estão escolhendo… e aí, coloca o amor e vai! Nessa onda, a gente vai aprendendo muita coisa, e não só ensinando. Dá uma reposicionada no nosso comportamento e vai guiando aquelas crianças. O cuidado é importante com todo mundo.
Para você, que é mãe, trabalhar com crianças é mais fácil? O lado maternal te faz ficar mais sensível com as apresentações?
Ser mãe faz ficar mais fácil, sim. Todos nós, técnicos, somos mães e pai e temos essa sensibilidade. Na verdade, a gente não deixa de ser mãe hora nenhuma do nosso dia, né? Tenho várias funções na minha vida e em todas elas eu sou mãe. Escolho melhor as músicas que vou cantar, escolho melhor o que vou dizer, como artista, me posiciono muito melhor porque tenho filhos. E é assim também que acontece no programa.
E pensando em todas essas funções, como você concilia a sua agenda? O programa, a família, a música, os shows, o Carnaval…? Quantas horas tem seu dia?
As horas são iguais: 24 para todo mundo. Mas tenho uma coisa que me gabo mesmo e encho a boca para falar: tenho minha família e gente que me ama de verdade à minha volta. As duas pessoas que me vêm à mente de primeira são meu marido e minha mãe. Eu não conseguiria fazer absolutamente nada se não fossem essas duas pessoas. E as outras pessoas também porque, indiretamente, mesmo não estando ao meu lado na hora de colocar bebê para arrotar ou levando os outros filhos para a escola, são pessoas que, se não estivessem ao meu lado, eu não conseguiria fazer nada. Isso sai muito naturalmente da minha boca e transborda do meu coração. Acho que a gente precisa olhar mais para as pessoas e ser mais grato a elas, porque ninguém consegue nada sozinho. Sempre tenho alguém para me dar suporte. Acho que quanto mais a gente olhar para o lado, mais a gente vai conseguir conquistar coisas. Se não fossem eles, eu não ia conseguir nessas 24 horas do dia, não.
Quais sentimentos você acha que a música é capaz de despertar?
A música é um agente transformador. Eu canto no Carnaval de Salvador e esse festival acontece por causa da música, com gente de tudo quanto é lugar do mundo, que não fala a mesma língua. No mesmo metro quadrado tem rico, pobre, diferentes etnias, raças… Não é a música que segrega. São as pessoas que separam.
E o The Voice Kids, desperta quais emoções, na sua opinião?
O The Voice Kids, para mim, é renovação. Renovação da esperança. A galera vai ali com um sonho, isso é muito evidente, e é muito massa. Todo mundo ligado ao programa de alguma forma e que o assiste tem um pouco essa sensação, eu acho: de renovar nossos desejos de conquistar, superar, vencer.
O que o público pode esperar dessa nova temporada do programa?
Acho que estamos mais conscientes de que somos um veículo para algo muito poderoso que é o amor através da música. O público vai sentir isso. As pessoas vão se emocionar muito com as crianças. Todos vão se divertir e descobrir que não existe limite. Nessa temporada isso está ainda mais evidente.