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Cidade Invisível aumenta representatividade indígena na 2ª temporada

Cidade Invisível, da Netflix, responde críticas colocando indígenas na 2ª temporada que estreia nesta quarta (22/3)

atualizado

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Netflix/Divulgação
Cena da 2ª temporada da série Cidade Invisível
1 de 1 Cena da 2ª temporada da série Cidade Invisível - Foto: Netflix/Divulgação

Logo que estreou, ainda em 2021, Cidade Invisível chamou atenção por criar uma série de fantasia sobre o folclore brasileiro. Cuca, Yara, Saci e o Boto estavam presentes. Porém, uma crítica ecoou, aquela que falava sobre a ausência de indígenas. Agora, a série tenta reverter esse quadro na segunda temporada, que estreia nesta quarta-feira (22/3).

Cidade Invísivel 2 tem uma preocupação explícita com a presença de indígineas na produção. Eles estão presentes atrás e na frente das câmeras. Como exemplo, temos a diretora Graciela Guarani e a atriz Zahy Tentehar – que vive a vilã da trama.

Além dos personagens ecriadores indígenas, Cidade Invisível deixou o Rio de Janeiro, onde se passa o primeiro ano, e migrou pra Belém do Pará, no Norte do Brasil. Criador da produção, o cineasta Carlos Saldanha conta que essas mudanças faziam parte do plano traçado.

“Isso tudo já estava um pouco nos planos, quando eu pensei na 2 temporada, com a evolução da série. A gente quer mostrar várias cidades invisiveis, vários ‘Brasis’, cada temporada deve ser em uma cidade nova”, avalia o realizador, que não garante um terceiro ano da série. “Eu tinha muita vontade de fazer algo no Norte, porque muitas das entidades vêm de lá”, completa.

Segundo Graciela Guarani, trazer indígenas para dentro da produção é uma forma de engrandecer o trabalho: “Só se tem a ganhar, com essas narrativas e olhares que abrangem toda a brasilidade”.

Representatividade em Cidade Invisível

Zahy Tentehar, que vive uma das vilãs da série, é filha de uma pajé. Além de atriz, é artista plástica e carrega para o set toda a vivência. ” Tem muita referência da minha ancestralidade neste trabalho”, explica.

Ela agradece ter conseguido espaço em Cidade Invisível 2 e reforça que a produção trouxe um novo olhar de respeito aos povos originários.

“Às vezes se chamam indigenas somente para fazer o que os diretores querem, não permitindo a nós nos impôr, colocarmos nossas vozes. Em Cidade Invísivel me senti ouvida e integrada ao projeto. Essa 2 temporada vai ajudar nessa transformação, ao menos, essa é a minha torcida”, conclui a atriz.

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