1 de 1 Ricardo Feltrin e Marcius Melhem
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O colunista Ricardo Feltrin, do UOL, publicou um vídeo nas redes sociais, no domingo (4/12), em que expôs seus motivos para acreditar na inocência de Marcius Melhem – ator acusado de assédio sexual por um grupo de funcionárias da Globo. Durante o relato de 35 minutos, o jornalista chorou e disse que chegou a vomitar ao ler determinados trechos do processo. “Tive nojo de mim”, declarou.
Sem entrar em detalhes sobre os elementos que provariam a inocência do ex-diretor de humor da Globo, Feltrin diz que acreditou na culpa de Melhem quando o caso veio à tona. A mudança de opinião teria ocorrido quando ele acessou o processo completo e as mensagens trocadas entre Melhem e as funcionárias.
“Quando eu começo a ler isso, gente… Primeiro, as mensagens da Dani Calabresa, aquela intimidade, aquele carinho que ela tinha… Depois, começo ler as mensagens da atriz número dois – mensagens que ela trocou com Marcius Melhem por três anos, né? Sendo um ano e três meses de namoro”, conta o repórter, que foi criticado por divulgar conteúdo de mensagens que estão no processo.
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Em dezembro de 2020, a Revista Piauí publicou uma matéria sobre o caso de assédio sexual e moral envolvendo Marcius Melhem. A reportagem traz detalhes de como era o comportamento do humorista nos bastidores da emissora
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O ator Marcius Melhem, acusado de assédio sexual
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De acordo com a investigação, entre 2010 e 2019, o humorista teve comportamentos impróprios e inadequados em diversas ocasiões, nos mais variados locais, entre eles, os Estúdios Globo
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No texto, a publicação descreve um episódio em que Melhem teria agarrado e tentado beijar uma atriz de Tá no Ar à força, num flat da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro
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A atriz é uma das oito mulheres – todas ex-subordinadas de Melhem na Globo – que acusaram o humorista de assediá-las sexualmente e, em alguns casos, moralmente
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Uma delas contou que no flat em que a Globo alugava para funcionar como redação do núcleo de humor, Melhem recebia atrizes de “cuecas, com as calças abaixadas ou sem calças”
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Outra disse que ele a chamava de “piranha” e propunha ter relações sexuais com as colegas de trabalho. Mais de uma das vítimas disse que foram profissionalmente boicotadas por terem resistido às investidas sexuais do artista
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Dani Calabresa foi uma das atrizes que acusou Marcius de assédio moral e sexual. Ela alega que desde que entrou na emissora, em 2015, sofreu diversos assédios e boicotes por parte de Melhem, que era seu chefe na época, como coordenador do Departamento de Humor
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Após as acusações de Calabresa, no final de 2019, o caso passou a ser investigado nos bastidores da emissora. Daniela Ocampo, auxiliar de Melhem, mobilizou a equipe de humor para assinar uma carta de apoio ao diretor, com 55 signatários
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Em março de 2020, a Globo emitiu uma nota afirmando que Marcius seria afastado das suas funções por quatro meses para acompanhar um tratamento da filha no exterior
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Após se passarem os meses de afastamento, a emissora emitiu outra nota comunicando a saída definitiva do diretor de humor. Porém, não houve nenhuma menção aos crimes que ele teria cometido
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Marcius Melhem
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Segundo ele, as mulheres se juntaram a outras colegas com o objetivo de destruir sua reputação. Na opinião dele, trata-se de vingança profissional e até passional em um dos casos
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O caso ainda não tem previsão para ser encerrado e segue sendo investigado. Melhem, por decisão da Justiça, está proibido de tentar contato com as vítimas que o acusam e divulgar conversas privadas que tenha mantido com elas
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“A primeira coisa que eu tive foi nojo de mim, como jornalista. Desculpa, é muito difícil falar sobre isso [enxuga os olhos]. Fiquei com nojo de mim, porque como eu posso ter escrito, destruído uma pessoa, publicamente, com a minha pena? Sendo que eu não conhecia essa pessoa, sendo que eu não conhecia o caso. Eu tive nojo de mim”, desabafou.
“Depois, eu vomitei de ódio, por me sentir enganado. Percebi que essas mulheres tinham usado uma trama, que eu vou descobrir depois: Dani Calabresa, ódio profissional; atriz número dois, ódio passional (tinha acabado de ser dispensada pelo Melhem bem na hora que a Calabresa vai fazer a denúncia de assédio moral); e uma atriz número três: tinha ódio familiar do Melhem, inclusive tratava ele por termos racistas havia anos”, dispara Feltrin.