Chainsaw Man: por que anime foi adulterado no Brasil por extremistas?
Dublador Guilherme Briggs sofreu ataques e ameaças por ter rejeitado tradução preconceituosa de Chainsaw Man
atualizado
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O anime Chainsaw Man nasceu como mangá, estreou a versão animada em 2022 e se tornou um sucesso no gênero. E, desde que chegou ao audiovisual, tem sido alvo de polêmicas no Brasil, principalmente por conta da escolha da dublagem, fato que levou o dublador Guilherme Briggs a sofrer ataques de ódio e ameaças.
Guilherme Briggs se recusou a adotar tradução feita por fãs da produção japonesa. Por conta dessa escolha, sofreu ataques e, em uma atitude extrema, decidiu abandonar o trabalho. A comunidade do mangá, que chegou ao Brasil em 2020, fez adaptações e transformou extraoficialmente diálogos da obra.
Em 2020, a editora Panini anunciou o lançamento de Chainsaw Man no Brasil, mas o mangá já fazia sucesso. Fãs compartilhavam as edições pela internet e traduziam as falas do protagonista Denji com palavrões, incluindo diálogos racistas, antissemitas, machistas e LGBTfóbicos – que não estavam na obra original.
Ao ganhar sua primeira versão brasileira oficial, parte do público reclamou da ausência de expressões da tradução adulterada. Briggs, então, se posicionou contra o grupo e passou a ser alvo de ataques.
A trama
Escrito por Tatsuki Fujimoto, Chainsaw Man é protagonizado por Denji, adolescente que herdou uma dívida do pai com a Yakuza (máfia japonesa) após sua morte e, por isso, vive na miséria.
Denji é traído e morre, mas volta à vida após um acordo com Pochita, o Demônio da Motosserra, e se torna Homem-Motosserra, um humano com coração de demônio e a missão de exterminar criaturas maléficas. A “carnificina” atraiu o público para a história, uma das mais consumidas no Japão.