Central do Apito causou demissão de Arnaldo Ribeiro da Globo
Jornalista acusou VAR de conversar com comentaristas de arbitragem da Globo durante os jogos
atualizado
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Uma acusação à Central do Apito, comandada pelos comentaristas de arbitragem da Globo, provocou a demissão do jornalista Arnaldo Ribeiro da emissora, em 2021. O programa e quadro das transmissões esportivas foi encerrado nesta terça-feira (21/3)
Segundo o profissional, em entrevista a um podcast de torcedores do São Paulo, o estopim para sua saída do Grupo Globo foi uma crítica ao VAR no empate sem gols entre o Tricolor paulista e o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro.
O jornalista ponderou que nunca foi censurado pela Globo: “Sempre tive total liberdade de falar sobre o que eu pensava”. Entretanto, a crítica passou para acusação quando ele declarou que árbitros da emissora influenciavam as decisões do árbitro de vídeo, o que é ilegal.
“Acho que a gota d’água, não foi gota d’água porque não havia nenhum desgaste até então, foi o episódio depois daquele São Paulo x Palmeiras, o jogo do VAR, do Luiz Flávio de Oliveira, que é uma aberração”, relembrou.
A acusação contra os colegas da Central do Apito ocorreu durante uma transmissão pela internet, o que não o protegeu de ser dispensado pelo canal.
“Na live do canal, não na Globo ou no SporTV, falei das minhas impressões sobre aquela partida, expus meus comentários sobre o VAR e a influência da Central do Apito nas decisões do VAR. Isso eu sabia. Eu não tinha as provas ali, mas sabia e sei que existe conversa Central do Apito e árbitros e central da arbitragem”, disse ele.
O [Leonardo] Gaciba [ex-presidente da Comissão de Arbitragem da CBF] era da Central do Apito, gente. Não sejamos inocentes. O cara saiu do SporTV e é colega dos caras. Os caras se falam. Óbvio que muitas vezes, em uma decisão do VAR, uma polêmica depende do diagnóstico do comentarista de arbitragem da transmissão”, prosseguiu Arnaldo.
“A Central do Apito naquele dia era o Sálvio [Spínola]. Não era o irmão do Luiz Flávio [Paulo Cesar de Oliveira]. Era o Sálvio, que eu contratei para a ESPN, eu e o [João] Palomino, mas a demora na decisões evidentemente compara com o respaldo da opinião do Sálvio na Central do Apito. Falei que era assim que funciona, e acho uma lástima”, contou o jornalista.