Casamento às Cegas: participante diz ter sido vítima de abuso sexual

Renee Poche, participante da versão americana do reality show Casamento às Cegas, enfrenta um imbróglio judicial com a Delirium TV, produtora do programa da Netflix. Isso porque a loira afirma ter sofrido abusos durante a gravação da atração.

De acordo com a revista Variety, o processo movido pela Delirium TV acontece após Renee fazer comentários nas redes sociais sobre um relacionamento abusivo que teria vivido durante o programa.

A participante, recrutada por um agente de elenco do programa por meio do Instagram, se envolveu com Carter Wall no Love is Blind (nome em inglês do Casamento às Cegas), descrito como “sem dinheiro, desempregado, sem casa, violento e viciado em anfetaminas e álcool” pela Variety.

Ela alega ter sido obrigada a passar tempos sozinha com ele, que teria sido abusivo com ela na frente e por trás das câmeras. Poche terminou a relação logo após o término das gravações e foi às redes expor sua experiência.

Os dois não apareceram na temporada, que chegou ao catálogo da Netflix em setembro do ano passado.

Entenda o processo

Por expor a situação nas redes sociais, Renee Poche foi processada pela Delirium TV em US$ 4 milhões por quebra de contrato de confidencialidade.

Ela entrou com uma ação contra a produtora e a Netflix, pedindo que seu contrato seja anulado e alegando ter sido vítima de imposição intencional de sofrimento emocional e de violações de vários códigos trabalhistas e cívicos da Califórnia.

“Eu me sentia como uma prisioneira e não recebi nenhuma ajuda quando avisei a Delirium que não me sentia segura. Tentei lidar com essas emoções ao longo do tempo e eventualmente achei que precisava compartilhar o que aconteceu. Senti que o correto a fazer era deixar outras pessoas saberem a verdade por trás do que todos do elenco tiveram de aguentar”, disse Poche à Variety.

Outro caso

O caso de Renee Poche não é o primeiro. O Deadline divulgou, no ano passado, que Tran Dang, participante da quinta temporada do reality show americano, processou a produtora sob alegações de sofrer abuso sexual durante as gravações e que a produção gravou o momento, mas não agiu para interromper o ataque.

Ela diz ter sido abusada por Thomas Smith, que se tornou seu noivo durante a produção. “Smith, sem o consentimento da senhorita Dang, a apalpou à força, expôs a própria nudez e fez contatos sexuais repetidas vezes, apesar das objeções diretas dela”, diz ela na ação.