Canais pagos de notícia somados não chegam a 0,6 ponto de audiência
Times Brasil completa um mês em um mercado que enfrenta queda de audiência
atualizado
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A Times Brasil, empresa licenciada da CNBC, completa um mês no ar em dezembro. O período, no entanto, traz uma marca negativa para o setor. Somados, todos os 6 canais de notícia não chegam a marca de 0,6 ponto de audiência. A nova emissora, por exemplo, informou ter alcançado 190 mil pessoas por dia, o que representa cerca de um milésimo da população brasileira.
Segundo dados do Kantar Ibope Media, revelados pela Veja, a GloboNews tem 0,33 ponto, na média de 24h de domingo a segunda, em 2024.
Record News e a Jovem Pan News registram média de 0,08. A CNN Brasil tem 0,07; e a Band News marcou 0,06 ponto. A soma total dá 0,54 ponto de média no período.
A Times Brasil declarou, em nota, que teria alcançado 5,7 milhões de pessoas nas 15 regiões medidas pelo Kantar Ibope. O número daria uma média de 190 mil indíviduos por dia.
Mercado encolhendo
O mercado das televisões por assinatura, onde operam os canais de notícia, está em queda nos últimos 10 anos no Brasil. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mostram que o número de assinantes caiu pela metade – de 2014 para 2024, a redução foi de 51%
A CNBC norte-americana, que licençou a marca no Brasil, também enfrenta graves problemas. A emissora norte-americana está de saída do grupo NBC Universal.
A CBNC vai passar a operar fora do guarda-chuva da NBC Universal. O conglomerado de mídia Comcast decidiu tirar os canais a cabo do grupo e criar uma nova empresa, com nome provisório de SpinCo. O grupo reúne as emissoras MSNBC, CNBC, USA Network, Oxygen, E!, Syfy and Golf Channel, além dos sites Rotten Tomatoes, Fandango, GolfNow e SportsEngine.
Queda global
Fontes do mercado avaliam que a manobra tem o intuito de vender os canais, que não são vistos mais como ativos importantes do grupo.
Um dos contratados da empresa, o âncora Joe Kernen, resumiu o sentimento de quem acompanha de perto as mudanças.
“Estávamos em um bote salva-vidas que está afundando. Agora, vamos poder nadar por conta própria, então só depende de nós. Talvez possamos usar os cadáveres de quem já se afogou para nos mantermos na superfície”, afirmou Joe.
