Camila Pitanga sobre a morte de Domingos Montagner: “Ele me salvou”
Muito abalada, a atriz contou detalhes sobre o afogamento que causou a morte do colega Domingos Montagner
atualizado
Compartilhar notícia
Em entrevista ao Fantástico neste domingo (18/9), a atriz Camila Pitanga falou sobre o afogamento que causou a morte do colega Domingos Montagner, na última quinta (15/9). À repórter Sônia Bridi, Camila narrou os momentos de terror que viveu no rio São Francisco. “Eu comecei a gritar socorro, pedindo socorro. E foi quando ele submergiu pela primeira vez”, disse.
Em outro momento da entrevista, Camila fala sobre como Domingos reagiu. “Foi muito estranho porque, para mim, o natural seria fazer isso (ela bate as mãos como se estivesse nadando). Mas ele aparentava estar paralisado”, contou.Camila estava nadando com Montagner momentos antes do ator se afogar. Assim que ela percebeu a força da correnteza, a atriz nadou e conseguiu se segurar em uma pedra. O ator não teve a mesma sorte. Ao perder as forças, foi levado para o fundo do rio São Francisco.
Leia alguns trechos da entrevista:
“Quando entramos na água, eu tinha medo só da gente se machucar na pedra, não da correnteza. Fomos nadando e o Domingos estava mais à frente. Começamos a nadar e percebi que ‘perdíamos’. Por mais que a correnteza fosse ‘suave’, a gente nadava nadava nadava e não chegava. Quando eu percebi que não ia conseguir vencer essa correnteza eu me desesperei. Respirei errado, mas falei ‘Camila, para’. Eu não estava tendo noção do que de fato estava acontecendo.
Consegui ir para as pedras, porque voltar para a faixa de areia não estava dando. Fomos eu e o Domingos, mas ele não conseguia chegar. Eu notei que ele não nadava e estava assustado. Eu falei: ‘calma, tá tudo bem, eu vou te ajudar. Aqui tá tranquilo, vem’. Mas ele não saía do lugar, não falava nada.
Foi muito difícil. Ele disse: ‘Cá, eu não tô conseguindo’. Falei para ele boiar, queria que ele se acalmasse, comecei a gritar por socorro. Eu acho que provavelmente devia ter alguma coisa segurando a perna dele. Ele não dividiu a real comigo. Num ato de generosidade, ele me salvou. Não me deu a mão porque sabia que eu poderia ser puxada também. Ele me deu a oportunidade de viver
Vejo isso que aconteceu como uma segunda chance de poder estar com os meus amigos, minha filha, de viver. E eu vou honrar isso”
Veja a entrevista completa aqui.