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Bruna Linzmeyer diz que sentiu saudades da namorada durante Pantanal

A atriz vai viver Madeleine na nova versão de Pantanal, que estreia na Globo em 28 de março

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Bruna Linzmeyer como Madeleine em Pantanal
1 de 1 Bruna Linzmeyer como Madeleine em Pantanal - Foto: Globo/Divulgação

Na nova versão de Pantanal, Bruna Linzmeyer vai interpretar Madeleine, uma das filhas da família do casal Antero (Leopoldo Pacheco) e Mariana (Selma Egrei). A novela estreia na Globo em 28 de março.

Madeleine é subversiva por natureza e arrebata corações por onde vai. Embora conviva com a marcação acirrada da mãe, Mariana, ela vive rodeada de amigos. E pretendentes. A jovem não dá a mínima para normas ou qualquer convenção social que a mãe tenta ditar.

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É justamente essa vontade de viver que faz com que, ao conhecer José Leôncio (Renato Góes), Madeleine se fascine pela figura tão excêntrica e diferente de todos ao seu redor. E quase como uma brincadeira, ela se joga nesta aventura em uma noite que mudará para sempre sua vida.

Em entrevista, Bruna Linzmeyer conta que, durante as gravações, sentiu falta da namorada e revela suas principais inspirações.

Você não era nascida quando Pantanal foi exibida pela primeira vez. A novela marcou sua vida de alguma forma?
A minha avó nasceu no Mato Grosso do Sul. Acredito que há uma comoção com a novela. Antes de ir para o Pantanal resolvi assistir algumas cenas, foi legal ver.

Como foi sua rotina de gravações?
Depois que chegamos tivemos uns dias de adaptação, o que foi muito importante para entender o calor, o clima seco e o ritmo das coisas. Depois de ambientada, comecei a gravar todos os dias. Eu acordava e tinha meus rituais de preparação, meditava, fazia ioga, uns exercícios específicos para a construção de Madeleine. Eu acordava todo dia também para ver o nascer do sol, porque era lindo demais, depois seguia para a gravação. À noite a gente jogava buraco, tomava um vinho, uma cerveja. Com a internet, deu para fazer análise (risos).

Você e Madeleine se encontram nessa adaptação ao ambiente rural?
Não porque sou do interior de Santa Catarina, da roça mesmo. Posso dizer que reconheci, de alguma forma, a roça ali no Pantanal, uma realidade que vivi até os meus 17 anos. Apesar de serem lugares diferentes, têm muitas coisas iguais, inclusive as questões sociais. Mas também tenho alguma conexão com Madeleine, de querer ir embora. Assim como eu quis ir embora de onde cresci e nasci.

O que mais está sentiu falta durante esse período?
Não sou uma pessoa de muitas saudades. Não sei se porque saí cedo de casa, mas a saudade não é algo que me atazana. Mas senti saudades da minha namorada.

Como é sua relação com a natureza?
Eu cresci em um lugar com muita natureza, com um rio atrás de casa, muito perto do mato. Eu tenho um pouco essa visão de entender que não é a natureza e eu. Somos a mesma coisa. Tem uma oração que eu adaptei para o que acredito que é assim:

Eu sou filha da natureza, perfeita e saudável
Sou filha da natureza, por isso me sinto protegida pela natureza
E minha mente está sempre pacífica e calma

E às vezes eu mudo para:

Eu sou parte da natureza perfeita e saudável
Sou parte da natureza, por isso me sinto protegida pela natureza
E minha mente está sempre pacífica e calma

Isso diz um pouco sobre a minha relação com a natureza. Às vezes do nada a oração me vem à cabeça e me acalmo.

Como foi receber o convite para dar vida a Madeleine?
O Papinha (diretor Rogério Gomes) me ligou e falou que era uma personagem interessante, que ele sabia que eu poderia trazer algumas camadas para ela que não estavam à mostra. E eu acho a leitura dele boa mesmo, é exatamente o que eu gosto de fazer.

Quais referências usou? Assistiu à primeira versão da novela?
Tantas mulheres reais… Antes das cenas eu falava os nomes de todas elas para mim mesma. São mulheres que não viveram a vida delas, não viveram seus desejos, não conseguiram nem entender o que elas queriam, que orbitaram em torno do casamento, da maternidade, sem conseguir construir uma vida individual, para além desses dois pilares. É uma lista sem fim. Muitas inspirações. Inclusive no Pantanal, onde eu conheci algumas Madeleines.

Poderia contar um pouco sobre a preparação?
Eu adoro o set e adoro a construção do personagem. É algo que me divirto fazendo. Liguei para o meu professor de ioga, porque eu percebi que tenho o corpo muito relaxado. E eu achei que a Madeleine deveria ter a coluna ereta. Intuitivamente isso me veio, comecei a trabalhar essa abertura do peito, isso em maio de 2021. Comecei a trabalhar essa outra estrutura física para a Madeleine. Entendi que minha voz era muito doce, então liguei para a Leila, minha fonoaudióloga, para construir uma voz mais densa, que fosse ficando amargurada.

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