Brasiliense disputa vaga no MasterChef: “Lutar pelo protagonismo feminino”
A fotógrafa brasiliense Camila Sena disputa uma vaga no MasterChef Brasil amadores na próxima terça-feira (2/5) e revela expectativas
atualizado
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Uma brincadeira de 1º de abril acabou se tornando uma das grandes chances da vida de Camila Sena. Em 2021, ela resolveu brincar nas redes sociais que iria participar do MasterChef. O que era uma pegadinha, se tornou um incentivo para que ela se inscrevesse no programa e agora a brasiliense de 30 anos se prepara para disputar uma vaga na versão amadores do programa na próxima terça-feira (2/5).
“As pessoas começaram a torcer muito, seguidores e amigos também. Os nossos alunos dos cursos de fotografia de comida foram os mais empolgados. Isso me encorajou a gravar o meu primeiro vídeo de inscrição. Fiquei muito feliz de ver as pessoas torcendo por mim, e acho que com um pouco de culpa quando elas descobriram que era brincadeira de 1º de abril também (risos)”, explicou Camila, que dá aulas com o namorado, o fotógrafo Facundo.
Ela compartilha ainda que também se inscreveu para a edição de 2022 e chegou até o final das seletivas, mas não conseguiu uma das vagas do programa na época. Mesmo com um pouco de experiência no processo, ela conta que segue nervosa e sempre se surpreende com os desafios.
“É tanta novidade e tanta emoção, que eu fico na dúvida do que realmente vai ser mais difícil: cozinhar ou manter a cabeça no lugar.”
Camila explica que existem diversas etapas on-line e presenciais durante a seletiva do MasterChef, que incluem visitas a São Paulo para mostrar as habilidades na cozinha. Além disso, a equipe testa os cozinheiros amadores sob pressão, colocando todos para responder perguntas enquanto cozinham. Mas o principal desafio, caso consiga uma vaga, será algo que leva com ela: a bagunça.
“A equipe gastronômica do MasterChef me chamou a atenção por isso desde as primeiras etapas”, conta. A fotógrafa confessou ainda que tem medo das provas que pedem serviço para muitas pessoas, por nunca ter feito algo assim, mas também de inventar demais e não conseguir entregar o prato.
Mulheres na cozinha
O amor pela culinária nasceu quando Camila Sena ainda era pequena. Cuidada pela avó enquanto os pais trabalhavam, ela se divertia preparando bolos de mistura pronta para variar as brincadeiras que podia fazer dentro de casa. Quando conheceu o atual namorado e sócio, passou a testar receitas e estudar gastronomia em casa.
Porém a comida sempre fez parte da história dela. De família nordestina, ela lembra da felicidade dos avós em terem refeições de mesa farta com os netos, além de ter na mãe e na avó as primeiras referências de cozinheiras. “As melhores cozinheiras do mundo a gente já conhece desde que nasce”, garante. Esse pensamento também chama a atenção da fotógrafa para a falta de mulheres nas cozinhas profissionais.
“Quando eu vejo tanto protagonismo masculino na cozinha, é como se a conta não fechasse. Mais um ponto que me incentiva a ir longe na busca desse troféu é lutar por mais protagonismo feminino na cozinha”, compartilha.