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Atriz de Nos Tempos do Imperador abre o jogo sobre denúncia de racismo

Cinara Leal, que vive Justina na novela, falou sobre o polêmico caso nos bastidores do folhetim da Rede Globo

atualizado

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Rede Globo/Reprodução
Justina (Cinnara Leal) em Nos Tempos do Imperador
1 de 1 Justina (Cinnara Leal) em Nos Tempos do Imperador - Foto: Rede Globo/Reprodução

A atriz Cinara Leal falou com a imprensa sobre os casos de racismo que sofreu, junto a outros atores e atrizes negras, nos bastidores da novela global Nos Tempos do Imperador. Ela, Roberta Rodrigues e Dani Ornellas são autoras de uma denúncia contra o diretor Vinícius Coimbra.

“O acolhimento do público que a gente teve foi impressionante, necessário e importante. Silenciar não é mais opção. A gente não pode se permitir passar por violência, crimes e naturalizar isso. Qualquer tipo de violência é crime, não pode naturalizar“, considerou Cinnara, em depoimento à revista Quem.

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Crime imprescritível é aquele que não prescreve, ou seja, que será julgado independentemente do tempo em que ocorreu. No caso do racismo, a Constituição Federal de 1988 determina que, além de ser imprescritível, é inafiançável
O racismo está previsto na Lei 7.716/1989 e ocorre quando pessoas de um determinado grupo são discriminadas de uma forma geral. A pena prevista é de até 5 anos de reclusão
Segundo o advogado Newton Valeriano, “quando uma pessoa dona de um estabelecimento coloca uma placa informando "aqui não entra negro, ou não entra judeu", essa pessoa está cometendo discriminação contra todo um grupo e, dessa forma, responderá pela Lei do Racismo”
Ainda segundo o especialista, “no caso da injúria racial, prevista no Código Penal, a pena é reclusão de 1 a 3 anos, mais multa. Nesses casos, estão ofensas direcionadas a uma pessoa devido à cor e raça. Chamar uma pessoa de macaco, por exemplo, se enquadra neste crime”
Em situações como intolerância racial e religiosa, a vítima deve procurar as autoridades e narrar a situação. “Se o caso tiver sido filmado, é importante levar as imagens. Se não, a presença de uma testemunha é importante”, afirmou Valeriano
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No Brasil, os termos racismo e injúria racial são utilizados para explicar crimes relacionados à intolerância contra raças. Apenas o primeiro é considerado imprescritível

Ilya Sereda / EyeEm
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Crime imprescritível é aquele que não prescreve, ou seja, que será julgado independentemente do tempo em que ocorreu. No caso do racismo, a Constituição Federal de 1988 determina que, além de ser imprescritível, é inafiançável

Xavier Lorenzo
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O racismo está previsto na Lei 7.716/1989 e ocorre quando pessoas de um determinado grupo são discriminadas de uma forma geral. A pena prevista é de até 5 anos de reclusão

Vladimir Vladimirov
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Segundo o advogado Newton Valeriano, “quando uma pessoa dona de um estabelecimento coloca uma placa informando "aqui não entra negro, ou não entra judeu", essa pessoa está cometendo discriminação contra todo um grupo e, dessa forma, responderá pela Lei do Racismo”

Dimitri Otis
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Ainda segundo o especialista, “no caso da injúria racial, prevista no Código Penal, a pena é reclusão de 1 a 3 anos, mais multa. Nesses casos, estão ofensas direcionadas a uma pessoa devido à cor e raça. Chamar uma pessoa de macaco, por exemplo, se enquadra neste crime”

Aja Koska
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Em situações como intolerância racial e religiosa, a vítima deve procurar as autoridades e narrar a situação. “Se o caso tiver sido filmado, é importante levar as imagens. Se não, a presença de uma testemunha é importante”, afirmou Valeriano

FilippoBacci
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No caso do racismo, qualquer pessoa pode denunciar, independentemente de ter ou não sofrido a situação. Para isso, basta procurar uma delegacia e relatar o caso. Se for de injúria racial, no entanto, é necessário que a vítima procure pessoalmente as autoridades

LordHenriVoton
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Além disso, a vítima também pode pedir uma reparação de danos morais na Justiça

LumiNola
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Recentemente, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o crime de injúria racial é uma espécie de racismo e, portanto, é imprescritível. Os ministros chegaram ao posicionamento após analisarem o caso de uma idosa que chamou uma frentista de “negrinha nojenta, ignorante e atrevida”

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Plenário do Senado Federal

Waldemir Barreto/Agência Senado

Por conta de questões judiciais e também pelo impacto que a situação teve, a atriz não se sente confortável para expor todos os detalhes. Mesmo assim, fez um apelo para que o Brasil se transforme e acabe com as invisibilidades existentes.

“É o momento em que a gente precisa se unir para ter mais força, mais voz, e entender que nossos corpos precisam estar vivos e em pé, não no chão e sem vida. É comum a gente naturalizar perdas diárias de pessoas pretas por causa do racismo que é estrutural, então a gente precisa falar isso”, frisou.

Em Nos Tempos do Imperador, Cinara Leal deu vida a Justina, assistente pessoal da Condessa de Barral (Mariana Ximenes). Em virtude da denúncia das atrizes, Vinícius Coimbra foi demitido pela Globo e substituído por Allan Fiterman na direção artística de Mar do Sertão, próxima novela das 18h.

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