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Associação de vítimas da Boate Kiss nega processo contra a Netflix

Associação dos familiares de vítimas e sobreviventes da tragédia divulgou nota após grupo dizer que foi pego de surpresa com a série de TV

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Guilherme Leporace/Netflix
TODO DIA A MESMA NOITE
1 de 1 TODO DIA A MESMA NOITE - Foto: Guilherme Leporace/Netflix

A Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria divulgou nota neste domingo (29/1) para esclarecer que seus integrantes estavam cientes da produção da série Todo Dia a Mesma Noite, na Netflix. A produção aborda a luta dos pais que perderam filhos na tragédia da Boate Kiss por justiça e está entre as mais vistas da plataforma desde que foi lançada, na semana passada.

A declaração foi feita após um grupo de famílias de vítimas afirmar que foi pego se surpresa com a exposição do caso pela produção. Na nota, a associação destaca que “sente-se representada” pela série e pelo livro homônimo em que ela foi baseada.

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Paola Antonini é Grazi em “Todo dia a mesma noite”, série da Netflix
Paola Antonini é Grazi em “Todo dia a mesma noite”, série da Netflix
Paola Antonini é Grazi em “Todo dia a mesma noite”, série da Netflix
Gabi Munhoz em "Todo Dia A Mesma Noite".
Bel Kowarick (Telma) e Leonardo Medeiros (Geraldo) em “Todo Dia A Mesma Noite”
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Bianca Byington é Ana em “Todo dia a mesma noite”

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Paola Antonini é Grazi em “Todo dia a mesma noite”, série da Netflix

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Paola Antonini é Grazi em “Todo dia a mesma noite”, série da Netflix

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Paola Antonini é Grazi em “Todo dia a mesma noite”, série da Netflix

Guilherme Leporace/Netflix © 2023
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Gabi Munhoz em "Todo Dia A Mesma Noite".

Guilherme Leporace/Netflix
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Bel Kowarick (Telma) e Leonardo Medeiros (Geraldo) em “Todo Dia A Mesma Noite”

Guilherme Leporace/Netflix

“A produção não retrata de forma individual os 242 jovens assassinados, mas sim um recorte das quatro famílias de pais que foram processados. Todos os familiares de vítimas e sobreviventes  retratados por personagens da obra estavam cientes e em concordância”, diz o texto assinado pelo presidente da associação, Gabriel Rovadoschi Barros.

“Reiteramos que não estamos movendo nenhum processo contra as produções, nem pretendemos, por acreditarmos na potência das produções na luta por justiça e pela memória”. 

 

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Outro lado

À CNN, a advogada Juliane Muller Korbm afirmou ter sido procurada por cerca de 40 familiares de vítimas para representá-los em um processo contra a Netflix. Eles alegam que a plataforma “sequer teve a sensibilidade de informá-los que uma série dramática seria produzida”.

“Muitos pais não tiveram estrutura para entrar no ginásio com todos aqueles corpos e reconhecer os filhos, muitos nunca tiveram estrutura até hoje para ver as imagens dos corpos e essa cena é passada no trailer da série”, disse a advogada.

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