Após ser chamada de “pedófila”, Xuxa abre ação criminal contra Sikêra
Xuxa quer que Sikêra Jr. responda por chamá-la, em outubro do ano passado, de “pedófila”, “ex-rainha” e a acusa de fazer apologia às drogas
atualizado
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A rixa entre Xuxa e Sikêra Jr. não acabou. A apresentadora deu entrada em um processo penal contra o comunicador no Tribunal de Justiça do Amazonas. Ela se queixa de difamação em uma demanda que corre na 11ª Vara Criminal, do Fórum de Manaus, desde 28 de julho.
Por meio de seus advogados, Xuxa quer que Sikêra Jr. responda por chamá-la, em outubro do ano passado, de “pedófila”, “ex-rainha” e a acusa de fazer apologia às drogas no programa Alerta Nacional.
Ainda em julho, ela entrou com um processo contra o âncora no Tribunal de Justiça de São Paulo em que pede indenização de R$ 500 mil, que pretende doar a instituições de caridade. Já no judiciário do Amazonas, Xuxa pede que o pernambucano pare de falar de forma negativa sobre ela.
“Tem uma ação cível em São Paulo e outra penal em Manaus. A questão é a mesma: ele ter chamado ela de ‘pedófila’. Ele a agrediu. Abrimos em Manaus, pois é o que se chama de competência territorial. A competência territorial para processar crimes contra a honra é no local em que a ofensa foi proferida”, explica Ticiano Figueiredo, um dos advogados da Rainha dos Baixinhos, em entrevista ao Notícias da TV.
O advogado ainda afirma que Xuxa abre mão de “qualquer conciliação”. “O que se pede é que ele pare de fazer referência negativa sobre ela durante o programa e eventual condenação do juiz que for arbitrar. Não tem reparação de dano”, completa.
Desdobramentos
Este não é o primeiro capítulo da briga judicial entre Xuxa e Sikêra Jr. Em julho deste ano, a defesa da artista não conseguiu proibir o apresentador de falar sobre a cantora na televisão.
A juíza Glaucia Lacerda Mansutti, da 45ª Vara Cível de São Paulo, entendeu que o pedido para barrar o comunicador de mencionar a também atriz nos programas “ou qualquer referência abusiva à mesma, seja por jogo de palavras, seja por codinomes, tal como ‘Dona Maria’ [da Graça, nome de batismo de Xuxa]” não poderia ser aceito.
Ticiano Figueiredo afirma que o andamento do caso na esfera cível não compromete a ação que começa a correr na Justiça do Amazonas.
“São coisas diferentes. Estou atacando só os aspectos penais. Uma esfera não tem nada a ver com a outra, pois cível e penal não se comunicam. O que estamos atacando são as ofensas que ele proferiu contra ela”, diz. “O crime e a ofensa contra a honra dela estão muito claros. De maneira alguma, qualquer decisão que venha a ser proferida em São Paulo interferirá no que possa ser decidido em Manaus”, reitera o advogado.
Entenda
Os ataques de Sikêra sobre Xuxa começaram após a apresentadora compartilhar um vídeo em que o jornalista exibiu, no programa Alerta Nacional, um homem estuprando uma égua. O comunicador fez graça da situação e convocou dois membros de seu programa para simularem a cena ao vivo.
Após comentários negativos de Xuxa, Sikêra a chamou de “pedófila”, usando como argumento o fato de a loira ter atuado no filme Amor Estranho Amor (1982), e a acusou de fazer apologia às drogas, já que uma vez ela disse em uma entrevista que sua mãe, Alda Meneghel, fazia uso de maconha medicinal para amenizar sintomas de sua doença degenerativa.