Após demissão, Marcão ameaça pedir indenização de até R$ 10 milhões
Os advogados afirmaram que a Record TV não poderia rescindir o contrato porque o ex-apresentador não quis fazer uma ofensa racial
atualizado
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O caso de racismo envolvendo Marcão do Povo, o ex-apresentador do “Balando Geral”, programa da Record TV Brasília, e a cantora Ludmilla pode se transformar em imbróglio judicial. Os advogados de Marcão ameaçam entrar com um processo que pode chegar a R$ 10 milhões caso a emissora mantenha a posição de demití-lo.
De acordo com o site UOL, os advogados afirmaram que a Record TV não poderia rescindir o contrato porque o Marcão não quis fazer uma ofensa racial, voltando a afirmar que tratava-se de uma “expressão regional”, e porque a punição deveria ser uma advertência ou, no máximo, uma suspensão.
O ex-apresentador não assinou a demissão até hoje. De acordo com o contrato, ele deveria receber ainda R$ 3,5 milhões. Se a Record TV não mudar de ideia, os advogados irão exigir o pagamento em dobro e cobrar indenizações por danos materiais e morais na Justiça Civil.O caso
No início de janeiro, Marcão, durante o quadro “A Hora da Venenosa”, ofendeu a funkeira Ludmilla. Ele afirmou que ela era “pobre e macaca”. A declaração do apresentador repercutiu negativamente nas redes sociais. A artista informou que vai denunciar o caso à polícia e pedir a prisão do jornalista. “Fica evidente que esse cidadão não possui nenhum pudor ou constrangimento em ofender alguém em rede nacional”, declarou a cantora.
Marcão justificou o uso do termo como um “vício de linguagem”. Além de enfatizar que não tinha como intenção ofender a cantora, o apresentador disse que “macaca” é um termo usado em seu estado natal. “O momento em questão está fora de contexto. Como é público e notório, eu sou de uma cidade do interior do Tocantins, aonde cresci e desenvolvi diversos costumes, dentre os quais alguns vícios de linguagem”, explicou.