Ao vivo, Tony Ramos se emociona com morte de Milton Gonçalves
Ator e diretor morreu nesta segunda-feira (30/5), aos 88 anos, por complicações de um Acidente Vascular Cerebral
atualizado
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A morte de Milton Gonçalves pegou Tony Ramos de surpresa nesta segunda-feira (30/5). O ator, constantemente chamado pela GloboNews para comentar a perda de colegas, foi procurado novamente pelo canal pago, porém mal sabia o que dizer no telejornal Edição das 16h porque estava tomado pela emoção e pelo luto.
“Essa notícia me colheu literalmente de surpresa porque, claro que eu sabia que Milton estava na batalha depois de problemas de saúde, eventualmente falei com filhos dele, mas você nunca espera essa notícia, a bem da verdade você nunca espera”, disse Tony Ramos ao âncora Marcelo Cosme.
“Como definir em uma única frase, palavra ou adjetivo a importância desse ator? Não nos esqueçamos do diretor que ele foi e, principalmente, da pessoa que eu sempre defini para tantos amigos meus como transparente. Esse homem transparente, objetivo, claro, de uma objetividade com o seu trabalho, com os seus relacionamentos, com seus companheiros. Eu tive realmente lindas oportunidades de trabalho com ele, não vou aqui nominar novelas, minisséries e programas especiais, tantos que foram, mas posso sim citar a coragem dele, a definição clara que ele tinha de trabalho. Trabalho é disciplina, concentração, respeito entre nós e, básica e fundamentalmente, respeito ao espectador”, prosseguiu o ator.
Tony Ramos recordou as conversas nos bastidores da Globo, onde Milton ajudou a formar o primeiro elenco da dramaturgia da emissora. O ator de 88 anos não resistiu a complicações de um Acidente Vascular Cerebral. O corpo será velado no Teatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (31/5), a partir das 9h. A cerimônia será aberta ao público.
“Milton era um ator da maior responsabilidade, representando muito bem aquilo que ele chamava que ‘não é a minha turma’, mas representando os atores que tanto sofreram e ainda sofrem, em um país que tenta esconder o seu preconceito, e a gente falava sobre isso muito, mas ele representava sim, de fato, isso tudo. Estou citando palavras dele, ‘a minha turma é a nossa turma’, isso que é importante. Aprendi muito com o Milton, dizia ele que [aprendeu] muito comigo, onde eu não sei, mas enfim. Tínhamos conversas da mais alta qualidade que começavam ali no estacionamento, continuavam na sala dos atores… me permitam, eu quero me lembrar desse homem que eu vejo aí nas imagens agora, vibrante, vigoroso, brasileiro, corajoso e, mais do que tudo, culto, inteligente, bem informado. Esse homem vai fazer falta, como já fazia desde o momento que não pôde mais trabalhar, mas quero lembrar dessa imagem, vigorosa, absoluta e amiga”, finalizou Tony.
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