Aguinaldo Silva sobre sucesso de Fina Estampa: “Não é feita para críticos”
O autor afirmou que a novela é atemporal e não segue a receita dos analistas de televisão
atualizado
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Quando a notícia de que Amor de Mãe sairia do ar, por conta da pandemia de coronavírus, surgiu, poucas pessoas apostavam que a substituta temporária seria Fina Estampa. Nem mesmo o autor da trama, Aguinaldo Silva, acreditava nessa possibilidade.
Recém-demitido da Globo, Aguinaldo Silva comemorou o retorno da história de Grizelda, René e Tereza Cristina. No entanto, críticos de televisão não aprovaram a escolha, disparando contra Fina Estampa.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Aguinaldo Silva defendeu Fina Estampa e explicou que, apesar de apontarem a novela como datada, ela ainda é uma história envolvente.
“Alguns críticos lamentaram a escolha de Fina Estampa. Dizem que a novela é‘antiga’ ou ‘datada’ e passa longe do modelo das novelas atuais. Este ‘modelo atual’ é aquele que os críticos aprovam. O problema é que as novelas não são feitas para os críticos e sim para 50, 60 milhões de telespectadores. E o que esses querem – as audiências comprovam – não são novelas que não parecem novelas, mas, sim, novelões, ou seja: aquelas que seguem fielmente as regras estritas do melodrama”, afirmou Aguinaldo Silva.
Mesmo assim, o autor entende que alguns aspectos da obra ficaram defasados.
“Uma novela de televisão tem que ser vista – e julgada – no calor da hora, ou seja, enquanto está sendo exibida. A Fina Estampa que está no ar não é a original, já que foi reeditada. Com isso ela perdeu gorduras e agora parece fresca e nova”, avalia.
A trama, é verdade, tem conquistado bons números de audiência na Globo, mantendo o horário nobre da emissora.