7 motivos para assistir a A Maravilhosa Sra. Maisel, a comédia do Emmy
Com oito Emmys e dois Globos de Ouro, esta joia de Amy Sherman-Palladino deixa outras séries cômicas no chinelo
atualizado
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Os seis Emmys de Game of Thrones foram, para dizer o mínimo, uma decepção. Mas se a série dramática decepcionou, a grande vencedora da categoria de comédia, A Maravilhosa Sra. Maisel, original da Amazon Prime, merece todos os elogios.
Com roteiro muito original, diálogos inteligentes e uma protagonista feminina poderosa, o que não faltam são motivos para fazer uma maratona. Aliás, há razão suficiente para os oito Emmys arrebatados pelo folhetim em sua primeira temporada – incluindo os de Melhor Atriz Principal, Atriz Coadjuvante, Roteiro, Direção e, é claro, Melhor Série de Comédia.
Se isso não for o suficiente para você interromper imediatamente o que está fazendo e dar o play no piloto, toma aí mais sete motivos:
1 – A protagonista não se desculpa por nada
Midge Maisel (Rachel Brosnahan) é uma dona de casa nova-iorquina que vê sua vida virada de cabeça para baixo quando seu marido, o incompetente e sem talento Joel (Michael Zegen), a troca pela secretária.
Nossa heroína, então, enfrenta a situação de queixo erguido, pronta para lutar pela própria sobrevivência – e por uma carreira que ela jamais imaginaria trilhar. Mas a garra e a graça não surgem somente na adversidade: Midge é espirituosa desde a primeira cena, quando faz uma piada sobre frutos do mar na festa de seu casamento (a família toda é judia e, como manda a religião, não come camarão).
2 – É uma série sobre stand-up comedy
Não se deixe enganar pelas imagens promocionais com Midge e seu microfone: esta não é uma série musical ou sobre uma cantora. Trata-se de uma comediante de stand-up. Mulher. Desquitada. Na Nova York dos anos 1950. Ou seja, além do roteiro, essencialmente cômico, ainda temos a oportunidade de ver sets de humor brilhantes nas mãos da hilária Brosnahan.
3 – A série é de época, mas não usa isso como muleta
A Maravilhosa Sra. Maisel é ambientada na Nova York de 1958. Por ser uma série leve e divertida, tem seus momentos mais romantizados, com bonitas cenas coreografadas nos cenários da vida de princesa que Midge leva antes – e tenta levar depois – da separação.
Ainda assim, o roteiro não se apoia no aspecto antigo da época: trata-se simplesmente de uma série passada naquele ano. Além disso, a ambientação é belíssima, dos figurinos aos cenários meticulosamente construídos.
4 – Temos uma sapatão entre nós
A produtora e melhor amiga de Midge é a última companhia que esperaríamos desta mulher, naquela época. Susie (Alex Borstein) é uma lésbica assumida que recusa os diversos “lugares femininos” daquela década (e, convenhamos, da atual).
A relação das duas é de amizade, parceria, o que mostra não só o companheirismo possível entre mulheres, mas prova: nossa união move montanhas nos tempos mais adversos.
5 – A jornada de Midge é inspiradora
Ela tinha a vida perfeita: um marido, dois filhos fofos e um apartamento luxuoso em Manhattan. A existência dela, aliás, girava em torno de Joel. Entre as responsabilidades domésticas e o cuidado com as crianças, Midge ainda fazia de tudo para que a carreira de comediante do marido decolasse.
Ao se descobrir uma comediante nata, ela ressignifica a própria vida, as liberdades, seus afetos e, principalmente, as expectativas que sua família tinha para ela.
6 – O roteiro de Amy Sherman-Palladino
A criadora da série é a mente por trás de Gilmore Girls. Amy Sherman-Palladino tem uma proposta completamente diferente em A Maravilhosa Sra. Maisel. Não espere nada menos que as melhores características de sua série de maior sucesso. Com diálogos velozes, ácidos, deliciosos de acompanhar e hilários, ela não decepciona em nenhum episódio. Não à toa, levou para casa os Emmys de Melhor Direção e de Melhor Roteiro pelo piloto do seriado.
7 – A segunda temporada sai ainda em 2018
A Amazon ainda não confirmou a data de estreia, mas garante que a continuação da história de Midge sai ainda em 2018. Afinal, depois de dois Globos de Ouro e sete Emmys, é difícil ignorar a maravilhosa senhora Maisel.