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Zé Celso pedia socorro com fagulhas na corpo, diz ator Victor Rosa

Victor Rosa morava no mesmo apartamento que Zé Celso e conta que dramaturgo estava “lúcido e consciente” ao ser resgatado

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1 de 1 ze celso - Foto: Reprodução

O ator Victor Rosa, que morava com Zé Celso, narrou os minutos de desespero vividos durante o incêndio que destruiu o apartamento do diretor, ator, encenador e dramaturgo na última terça-feira (4/7), em São Paulo. O fundador do Teatro Oficina teve 53% do corpo queimado e morreu na quinta-feira (6/7), aos 86 anos, dois dias após ser internado.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Victor contou que Zé morava desde 2021 com o marido dele, Marcelo Drummond e o ator Ricardo Bittencourt. Na época, ele trabalhava com o encenista organizando o acervo pessoal dele.

“São dois apartamentos conjugados, o 62 e o 63. Na prática, é o mesmo imóvel, não há divisória. Eu morava para o lado do 63, o mesmo do Zé, num quartinho dos fundos. Ali, havia o escritório, o quarto e o banheiro dele. No alto do corredor, havia uma pilha de escritos do acervo. Marcelo e Ricardo ficavam no 62, em cômodos um pouco mais afastados”, contou.

Na madrugada do incêndio, Victor acordou com gritos de socorro. “Todos nós já havíamos o alertado sobre o perigo do aquecedor. Era um hábito antigo que ele tinha, porque era muito friorento. Às vezes, me pedia para ligar o aparelho e deixar bem pertinho dele. Eu até perguntava se não era perigoso. Mas ele insistia”, lamentou o artista.

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Marcelo teria tentando ajudar a apagar as chamas, mas começou a passar mal. Lurdinha [uma moça que trabalha no prédio] acolheu Marcelo, enquanto continuava a arrastar o Zé. Um vizinho, que nem sei o nome, também chegou para nos socorrer. Eu e esse vizinho abraçamos o Zé e o carregamos até a sala. Ele ficou gritando “abre a janela! abre a janela!”, e Marcelo já tinha aberto tudo. O fogo estava avançando, mas conseguimos ir para o hall”.

“Quando entrei no quarto dele, não enxergava nada. Vi a silhueta dele tentando sair do cômodo com a ajuda do andador. Nesse momento, vi algumas fagulhas pela roupa dele. Gritei socorro para os meninos e fui tentando sair com ele para o corredor. Os pés dele estavam com fogo. Queimei as minhas mãos tentando agarrar o corpo dele. Ele tirou as mãos do andador e fomos ao chão, na tentativa de escapar da fumaça. Zé estava lúcido e consciente durante todo esse momento”, narrou Victor Rosa. 

O amigo de Zé conta que antes do dramaturgo ser retirado do prédio por bombeiros, quis se certificar que o companheiro estava bem. “Zé viu que Marcelo estava mal e disse ‘me dá a mão, agora me dá a outra’. Os dois se aninharam no hall. Ali, eu chorei horrores”.

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