Renomado ator e professor, Alexandre Ribondi morre aos 70 anos
Importante peça da cena cultural de Brasília, Alexandre Ribondi morreu neste sábado (10/6), devido a complicações de um AVC
atualizado
Compartilhar notícia
Grande nome da cena cultural de Brasília, o ator, dramaturgo, jornalista, professor e escritor Alexandre Ribondi morreu neste sábado (10/6), aos 70 anos, devido a complicações de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Reconhecido como um dos maiores veteranos do teatro brasiliense, Ribondi dedicou grande parte de sua carreira para tratar temas relacionados à causa LGBTQIAP+.
O secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Bartolomeu Rodrigues, lamentou, por meio de nota, a partida do renomado artista:
“A cena cultural de Brasília perdeu um de seus maiores protagonistas. Autor, ator, produtor, empreendedor, Ribondi foi tudo e, ao mesmo tempo, um questionador de seu tempo, dando espaço ao debate e lançando luz na escuridão. Há exatamente um mês, recebeu da Secretaria de Cultura a Medalha Seu Teodoro, oferecida a personalidades engajadas na valorização e difusão das artes no Distrito Federal. Estava alegre, cheio de vida, nos abraçamos, rimos juntos. Era uma despedida, mas seu legado fica. E a luta também.”
O velório será na Casa dos Quatro, neste domingo, de 12h às 15h. A Casa fica na 708 Norte, Bloco F loja 42, atrás do restaurante Xique-Xique.
Sergio Maggio, diretor e dramaturgo, também lamentou a morte do colega de profissão: “É um impacto, porque o Ribondi faz parte de uma estrutura do teatro de Brasília. Ele ficou na cidade enquanto outros artistas faziam teatro aqui e iam embora. Ele ficou, e, ao ficar, formou gerações e escreveu uma dramaturgia LBTQIAP+ muito intensa. A importância dele é política. Pela militância, pela história dele com a ditadura. É uma perda sentida e profunda para o DF, porque ele não parava de criar.”
Relembre a Trajetória de Ribondi
Ribondi nasceu no Espírito Santo, no ano de 1952, e se mudou para Brasília em 1968. Estudou jornalismo na Universidade de Brasília e, em 1974, mudou-se para França, onde estudou História da Arte na Université de Provence. Passou os anos 1990 em Portugal, onde foi editor de polícia de um jornal em Porto.
De volta a Brasília, adentrou na área teatral, se unindo a pessoas que topavam encenar peças em espaços públicos, em espetáculos mambembes, improvisados. O artista tem cerca de trinta peças escritas e apresentadas por todo Brasil.
Seja em suas peças teatrais ou seus trabalhos como escritor, Ribondi sempre deixou claro sua luta em prol dos direitos da comunidade LGTQIAP+.